O Ministério da Saúde aprovou hoje a dose de reforço para profissionais de saúde, preferencialmente com a vacina da Pfizer, depois de seis meses após a imunização completa. A informação foi confirmada pelo ministro Marcelo Queiroga, que está em período de isolamento após testar positivo para covid-19, por meio das redes sociais.
“Acabamos de aprovar a dose de reforço para profissionais de saúde, preferencialmente com a Pfizer, a partir de seis meses após a imunização completa. Essa já é a maior campanha de vacinação da história do Brasil. Brasil unido por uma ‘Pátria Vacinada’.
De acordo com a orientação do Ministério da Saúde, o reforço vale para quem tomou qualquer vacina usada na campanha nacional de vacinação contra a covid-19 e será realizado, preferencialmente, com uma dose da Pfizer/BioNTech. Na falta desse imunizante, a alternativa deverá ser feita com as vacinas de vetor viral, Janssen ou Astazeneca.
Atualmente, o Ministério da Saúde está conduzindo um estudo que deve trazer respostas sobre a eficácia da CoronaVac na terceira aplicação e possibilitar uma comparação com os outros imunizantes aprovados no Brasil, que também serão testados ao longo da pesquisa.
Um reforço na imunização contra a covid-19 para idosos acima de 70 anos e imunossuprimidos também foi anunciado pelo Ministério da Saúde já a partir dessa segunda quinzena de setembro.
Queiroga está em período de quarentena em Nova York (EUA), onde foi diagnosticado com covid-19 pouco antes de voltar ao Brasil, após acompanhar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na Assembleia-Geral da ONU (Organização das Nacões Unidas).
OMS critica dose de reforço Em agosto, os Estados Unidos anunciaram a aplicação uma dose da vacina da Pfizer ou da Moderna para dar um impulso — em bom inglês, um boost — à resposta imunológica de quem completou o seu esquema vacinal há oito meses. Ou o popular reforço.
Também no mês passado, o diretor-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde), Tedros Ghebreyesus, criticou a decisão de alguns países de aplicar uma dose de reforço nos que já foram completamente imunizados contra a covid. Mais que um problema moral, é um erro de política pública, disseram vários diretores da entidade.
“Tomadores de decisão não devem usar recursos escassos como a vacina em uma aplicação sem comprovação científica, desviando-a de suas duas principais prioridades no momento: evitar mortes e impedir o surgimento de variantes mais perigosas”, declarou Kate O’brien, diretora de imunização da OMS.
Vários governos mundo afora, inclusive o Brasil, têm optado pela aplicação de reforço em parte de sua população, principalmente com o risco adicional da variante delta, considerada mais contagiosa.
Informações UOL. Foto: Agência Brasil