O ex-governador Roberto Requião (PT) compareceu ao Colégio Estadual Júlia Wanderley, no bairro Batel, em Curitiba, onde votou na manhã deste domingo (30), no 2º turno das eleições presidenciais. “Vim cumprir minha obrigação, votei pelo Brasil”, afirmou Requião, que ficou em 2º lugar nas eleições para governador do Paraná, definidas em 1º turno com a eleição de Ratinho Junior (PSD).

“Votei contra os entreguistas, contra quem tira direitos dos trabalhadores, entregam nosso petróleo, nossa água. Estão nos transformando numa colônia dos endinheirados do mundo, do capital financeiro”, declarou o político no local de votação.

Requião confirmou que votou no candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e que espera que o petista vença com ampla vantagem sobre o adversário, Jair Bolsonaro (PL). Entretanto, o ex-governador avalia que essa vantagem não deve ser superior a 10% de diferença entre os dois. “Isso nos entrega um país dividido. Lula vai estar numa situação muito difícil para governar, porque ele tem que promover a unidade nacional e mostrar que ele é exatamente o contrário do que está acontecendo até agora. Ele tem que viabilizar um movimento de apoio de todos os brasileiros, através das medidas que ele vai tomar”, pondera.

O ex-governador paranaense acredita que as medidas que Lula deverá tomar, numa eventual vitória, não serão fáceis. “Porque o Congresso não é o melhor do mundo, o sistema de mídia jogou em cima da criminalização dos políticos nacionalistas. Não vai ser fácil, mas é a tarefa que ele vai ter que enfrentar a partir do dia 1º de janeiro do ano que vem”, analisa.

Requião destaca que, ao tomar em retrospecto o governo de Lula, é possível encontrar acertos que devem ser repetidos. “Não vou dizer a você que era perfeito, mas não tenho nenhuma dúvida de que a única possibilidade de redemocratização é a eleição do Lula”, frisa.

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