Durante sessão na Assembleia Legislativa, o deputado estadual Tadeu Veneri (PT-PR) fez um pronunciamento contundente sobre as investigações da Polícia Federal envolvendo fraudes no INSS. Segundo o parlamentar, o esquema teria começado em 2019, durante o governo de Jair Bolsonaro, e se intensificado nos anos seguintes, chegando a movimentar bilhões de reais.
Veneri destacou que, das 19 entidades suspeitas, 11 estão sob investigação, sendo que a maioria foi criada ou atuou com força durante o governo Bolsonaro. “Jair Bolsonaro é o pai do roubo do INSS, com as entidades que criou e que deixou muitas delas funcionando sem que houvesse nenhum tipo de investigação, porque a polícia não podia investigar”, afirmou o deputado.
O parlamentar também criticou a demora para o início das apurações: “A Polícia Federal, que desde 2019 sabia, só começou a poder investigar em 2023”. Ele defendeu a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para aprofundar as investigações e responsabilizar os envolvidos, independentemente de vínculos políticos ou partidários.
Veneri rebateu ainda acusações direcionadas a representantes sindicais ligados ao governo atual, como o Frei Chico, frisando que ele só assumiu o sindicato em 2024 e não é alvo da investigação. “Pela lógica da extrema direita, se é filho, se é pai, se é irmão, aquele que é o responsável ou não é o responsável também está envolvido. Mas não acho que seja assim”, argumentou.
Para o deputado, a CPI é fundamental para identificar os verdadeiros responsáveis pelas fraudes. “Nós queremos pegá-los. Quem de fato é o pai do rombo do INSS, do roubo do INSS, chama-se Jair Bolsonaro que em 2019 não permitiu que fossem feitas as investigações”, concluiu, pedindo que o caso ganhe ampla divulgação e que os culpados sejam punidos.