Nesta quinta-feira (18) está sendo realizada a 71ª fase da operação Lava Jato com o cumprimento de 14 mandados de busca e apreensão no estado do Rio de Janeiro. A ação é um desdobramento da 57ª fase da operação, que investigou o pagamento de propinas a funcionários da Petrobras.
Com a ação de hoje, a PF (Polícia Federal) quer aprofundar as apurações relacionadas no envolvimento de operador financeiro ligado a ex-Ministro de Minas e Energia em esquemas de corrupção na área comercial da Petrobras, especialmente no comércio externo de asfalto e de produtos escuros.
Os mandados estão sendo cumpridos no Rio de Janeiro, Petrópolis e Cabo Frio. Do total, dois são ofícios para a obtenção de dados telemáticos. Além disso, foram expedidas ordens para o bloqueio de R$ 17 milhões.
As ordens foram expedidas pela 13ª Vara Federal da Justiça Federal, em Curitiba.
71ª FASE DA OPERAÇÃO LAVA JATO
Na 71ª fase da operação Lava Jato, o objetivo é comparar se são procedentes os indícios de que a atuação de tal operador financeiro teria se estendido para outros negócios da área comercial da Petrobras e também para negócios da área petroquímica da estatal.
Dentre as provas colhidas na investigação, destacam-se mensagens de e-mail e planilhas que demonstram que, ao menos de 2008 a 2014.
Representando o ex-Ministro, o operador financeiro intercedia para que funcionários da Petrobras apadrinhados fossem alçados e mantidos em cargos estratégicos a fim de que pudessem desenvolver esquemas de geração de propina.
As apurações caminham para precisar o montante total de recursos ilícitos recebidos pelo operador financeiro investigado, já havendo indícios de que, após os rateios de propina nos mais variados esquemas de corrupção em que teria tomado parte, as cifras que lhe couberam alcançariam a casa dos milhões de dólares.
Além do operador financeiro, também são alvos das medidas de busca e apreensão o seu irmão, que o auxiliava no recebimento das vantagens indevidas, e quatro doleiros responsáveis.
Eles são responsáveis pela internalização de ao menos US$ 1.9 milhão em recursos ilícitos no Brasil por meio de operações financeiras ocorridas entre outubro de 2011 e agosto de 2016, sendo dois deles utilizados pelo citado operador financeiro e outros dois utilizados por um ex-trader de produtos escuros da Petrobras à época lotado no escritório de Houston, no Texas, o qual hoje colabora com as investigações.
Esta fase se insere na frente da Lava Jato destinada a investigar ilícitos praticados em negócios da área comercial da Petrobras, composta por várias gerências subordinadas à Gerência Executiva de Marketing e Comercialização, que por sua vez está situada imediatamente abaixo da Diretoria de Abastecimento.
Informações: Paraná Portal