Na última semana a discussão da redução da escala de trabalho 6×1 tomou conta das redes sociais. Um abaixo-assinado online que cobra o fim dessa jornada no Brasil já conta com um milhão e cem mil assinaturas. No Senado, avança a discussão sobre o tema. Tramitam no Senado pelo menos três propostas para reduzir a jornada de trabalho sem perda salarial ou para incentivar as empresas a adotarem a medida. Para defensores da ideia, a diminuição de carga horária, além de beneficiar os empregados, pode até trazer ganho de produtividade para os patrões. Uma pesquisa de opinião elaborada pelo Instituto DataSenado, em abril deste ano, revelou que 85% dos trabalhadores brasileiros acreditam que teriam mais qualidade de vida, caso tivessem um dia livre a mais na semana, sem corte no salário. Ao todo, 78% dizem que conseguiriam manter a mesma qualidade no trabalho. A neuropsicóloga Juliana Gebrim explica que a psicologia do trabalho tem estudado extensivamente os efeitos das jornadas de trabalho prolongadas e intensas sobre a saúde mental e física dos trabalhadores. Ainda segundo Juliana Gebrim, o excesso de trabalho, sem tempo suficiente para recuperação, é um fator de risco significativo para uma série de problemas psicológicos, incluindo ansiedade, depressão, burnout e problemas relacionados ao sono. Uma das propostas que estão sendo analisadas no Senado é o projeto de lei (PL) 1.105/2023, que inclui na Consolidação das Leis de Trabalho (CLT) a possibilidade de redução das horas trabalhadas diárias ou semanais, mediante acordo ou convenção coletiva, sem perda na remuneração. O abaixo-assinado online que pede o fim da escala de trabalho 6×1 chegou a um milhão e duzentos mil assinaturas e pede revisão da CLT, com o objetivo de proporcionar uma maior qualidade de vida para os trabalhadores. O movimento foi criado pelo grupo Vida Além do Trabalho (VAT).

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