A Prefeitura do Rio anunciou, nesta quinta-feira (29), um plano gradual de flexibilização das medidas de restrição na cidade, em 3 etapas, de 2 de setembro a 15 de novembro.
A primeira etapa depende de 77% dos cariocas já terem recebido a primeira dose da vacina contra a Covid e 45%, a segunda dose.
Segundo o secretário de Saúde, Daniel Soranz, eventos terão checagem de situação vacinal das pessoas, com o aplicativo Connect SUS, do Ministério da Saúde. Quem não tiver sido vacinado, será barrado.
“Se houver necessidade, se o secretário de Saúde chegar para mim um dia e falar que não dá porque aumentou ou chegou uma nova variante imediatamente a gente interrompe qualquer processo de abertura e pode impor novas medidas restritivas (…) Tudo indica, nesse momento, os dados, internações, óbitos, que a gente vive um momento melhor. Não é um momento ideal ainda, por isso as restrições continuam e a abertura é gradual”, disse Paes.
Paes disse ainda que o réveillon será o “maior da história da cidade” e que o carnaval, se tudo caminhar como o previsto, será realizado. O prefeito disse que semana que vem a prefeitura divulga o caderno de encargos da festa de ano novo e lembrou que a cessão do Sambódromo foi assinada.
“Já estamos quase fechando os detalhes do apoio e do patrocínio que a prefeitura fará para as escolas de samba. Há uma cláusula que diz: ‘Olha, caso não aconteça, na data programada, as escolas terão a obrigação de fazer numa data programada pela prefeitura’. Mas nós estamos programando diante dos dados – aí, desculpe, são os epidemiologistas que podem nos dizer – que a gente vai ter, sim, réveillon e carnaval.”
O prefeito explicou que pretende vacinar adultos com a primeira dose até o dia 18 de agosto. E, assim como projetou um calendário de vacinação, decidiu anunciar um calendário para o carioca “poder ter de novo uma vida normal”. O plano foi denominado Rio De Novo.
A realização do plano anunciado nesta quinta vai depender da concretização do calendário de vacinação, que pretende imunizar todos adultos, com a primeira dose, até agosto.
Na véspera, o prefeito Eduardo Paes (PSD) admitiu que tentou pressionar Brasília, quando divulgou o calendário de vacinação com base na estimativa de entrega das vacinas do governo federal.
“Outro dia me disseram que eu não deveria ter divulgado o calendário sem ter a certeza que o ministério (da Saúde) iria enviar as vacinas. Falei que temos que divulgar o calendário para que, caso atrase, a gente tenha pressão popular e, dessa forma, a vacina chegue logo.”
“Em relação ao jogo do Flamengo, o Flamengo fez uma proposta específica, ela está sendo analisada hoje pela Secretaria Municipal de Saúde. A proposta chegou só ontem, ela não teve uma reposta até ontem porque ninguém tinha pedido, não é porque eu sou vascaíno”, disse Paes, antes de perguntar o time do secretário Daniel Soranz, que é flamenguista.