há 10 horas
Amanda Martins

O principal investigado da Operação Mors Futuri, deflagrada pela Polícia Federal na última quinta-feira (4/12), foi preso neste sábado (6) em Itapema, no Litoral Norte de Santa Catarina. A captura foi realizada pela Polícia Militar após trabalho de inteligência conduzido pela PF.
Considerado o articulador de um esquema clandestino de “banco digital” que teria movimentado mais de R$ 1 bilhão, o suspeito estava foragido desde o início das investigações. Ele chegou a ser incluído na Difusão Vermelha da Interpol, o que autorizava sua prisão em diversos países.
De acordo com o portal Metrópoles, para a Polícia Federal, o investigado vinha sendo monitorado desde que deixou Curitiba, cidade apontada como um dos centros de operação das fraudes. A prisão ocorreu após o mapeamento de possíveis rotas utilizadas pelo suspeito desde o colapso do esquema.
No momento da abordagem, os policiais apreenderam celulares, documentos e uma quantia superior a R$ 5 milhões em dinheiro vivo.
A Operação Mors Futuri investiga grupos suspeitos de captar recursos de investidores sem autorização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) ou do Banco Central. O esquema funcionava por meio de empresas de fachada e de uma plataforma financeira irregular, que prometia lucros fixos, baixo risco e rentabilidade acima da média do mercado.
Segundo a PF, os valores aportados pelos investidores eram utilizados para sustentar a própria pirâmide financeira e ampliar o patrimônio dos líderes do grupo. Antes de desaparecer, o principal investigado teria transferido cerca de R$ 10 milhões para contas em nome de laranjas.
Além da prisão, a operação já cumpriu 11 mandados de busca e apreensão em Curitiba e determinou o bloqueio de até R$ 66 milhões em bens e ativos financeiros. Imóveis, veículos de luxo e equipamentos eletrônicos foram sequestrados com o objetivo de garantir o ressarcimento das vítimas.
Com a detenção do principal articulador do esquema, a Polícia Federal informou que seguirá com a análise do material apreendido para identificar novos envolvidos e rastrear o destino dos recursos desviados.