Quarta-feira, 09 de Julho de 2025

Professor sugere ‘guilhotina’ para criança de cinco anos por conta de bolsa

Universidade Federal do Rio de Janeiro se posiciona após polêmica envolvendo comentário de ex-docente sobre filha de Roberto Justus
2025-07-08 às 19:40

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) manifestou-se oficialmente em repúdio à declaração do ex-professor Marcos Dantas, que sugeriu o uso de “guilhotina” contra Vicky, filha de cinco anos do empresário Roberto Justus e da influenciadora Ana Paula Siebert. O episódio teve início após a divulgação de uma imagem da menina usando uma minibolsa de grife avaliada em cerca de R$ 14 mil, o que gerou debates acalorados e críticas nas redes sociais.

A repercussão foi imediata. Diversos perfis passaram a compartilhar a foto e a emitir comentários ofensivos, incluindo referências à Revolução Francesa e à violência. Em meio a essas manifestações, Marcos Dantas, aposentado desde 2022 pela Escola de Comunicação da UFRJ, respondeu a uma publicação com a frase: “Só a guilhotina…”, aludindo ao instrumento de execução histórico. O comentário foi apagado pouco depois, mas capturas de tela circularam amplamente, intensificando a controvérsia.

Em nota, a UFRJ e a Escola de Comunicação reafirmaram compromisso com valores humanistas e destacaram que repudiam qualquer incitação à violência, enfatizando que o ex-professor não representa mais a instituição. O comunicado ressalta que “qualquer tipo de expressão de pensamento que incite à violência ou agrida a terceiros” é inaceitável e não condiz com os princípios da universidade.

O empresário Roberto Justus e sua esposa, Ana Paula Siebert, condenaram publicamente os ataques e anunciaram que tomarão medidas legais contra os responsáveis. Justus classificou os comentários como “inaceitáveis” e defendeu a necessidade de limites no ambiente digital, especialmente quando se trata de discursos de ódio direcionados a crianças.

Em carta aberta, Marcos Dantas afirmou que a referência à guilhotina foi uma metáfora sobre desigualdade social, negando qualquer intenção de ameaça pessoal à família Justus. O ex-professor pediu desculpas pelo transtorno causado e ressaltou que não se resolve problemas sociais com violência.