Com o objetivo de fortalecer o empreendedorismo negro no país, com a melhoria do ambiente de negócios, da gestão e da economia dos pequenos negócios brasileiros, o Sebrae e o Ministério da Igualdade Racial (MIR) assinaram, nessa segunda-feira (27), um Acordo Técnico de Cooperação (ACT). A parceria permite que o Sebrae integre e colabore tecnicamente para o avanço das ações do MIR na defesa dos direitos da população negra brasileira, especialmente jovens.
Para isso, o ACT inclui ações como a sistematização de dados do Plano Juventude Negra Viva (PJNV), iniciativa do MIR voltada para à redução da violência letal e das vulnerabilidades sociais que atingem a juventude negra. Além disso, inclui o intercâmbio de bolsistas e docentes negros brasileiros para conhecer ações educacionais de empreendedorismo em Moçambique, por meio da iniciativa “Caminhos Amefricanos: programa de intercâmbio Sul-Sul”.
Dessa forma, a parceria permite que o Sebrae proponha medidas e estratégias, em colaboração com o MIR, a partir de dados e análises em prol da promoção dos pequenos negócios comandos por negros. Por outro lado, com o intercâmbio, a expectativa é ampliar as experiências formativas e o desenvolvimento de pesquisas sobre empreendedorismo, a partir da identidade negra.
Durante a cerimônia de celebração do acordo, o presidente do Sebrae Nacional, Décio Lima, destacou a retomada das relações do Brasil com os países africanos. Segundo ele, o Sebrae tem muito a contribuir para o sucesso das ações do Ministério da Igualdade Racial.
“Queremos atender a nossa juventude para manter uma relação com um país irmão que é Moçambique e o Sebrae abraça essa causa com muita ternura”, diz Décio Lima, presidente do Sebrae Nacional.
A ministra Anielle Franco, por sua vez, reforçou a importância da união de forças e da construção coletiva nos projetos do MIR.
Levantamento feito pelo Sebrae com base em dados da PNAD do terceiro trimestre de 2023, aponta que os empreendedores negros correspondem a 52% dos donos de negócios no país. O estudo mostra também, que apesar de serem maioria no universo empreendedor brasileiro, os empresários negros têm rendimento médio 32% inferior ao dos brancos, sendo ainda menor a média entre mulheres negras. Além disso, a taxa de desocupação também é maior entre pessoas negras, especialmente jovens.
da Agência Sebrae