Bolsonaro é um crítico do passaporte da vacina. O presidente já declarou algumas vezes que vai trabalhar para derrubar a medida no Brasil. Porém, cidades como São Paulo e Rio de Janeiro já começaram a adotar a estratégia para liberar eventos com maior participação de público.
No entanto, Bolsonaro não tem o que fazer em Nova York. A própria presença do Chefe de Estado brasileiro na Assembleia da ONU chegou a ficar em risco por ele não ter se vacinado. Em um primeiro momento, a entidade chegou a avisar que não liberaria a entrada de pessoas não vacinadas, mas depois voltou atrás.
Dois episódios foram fundamentais para a mudança na orientação. O primeiro foi uma declaração da Rússia de que a exigência do documento seria discriminatória. Na sequência, o secretário-geral da organização, António Guterres, disse em entrevista à Reuters que “não pode dizer a um chefe de Estado que não estiver vacinado que ele não pode entrar nas Nações Unidas”.
Enquanto isso, o prefeito de Nova York, Bill de Blasio, afirmou que a cidade vai fornecer testes de covid-19 de graça e doses da vacina da Janssen, de dose única, do lado de fora da sede da ONU.
Em seu discurso na Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas, Bolsonaro deve defender a tese do marco temporal das terras indígenas em seu pronunciamento nos EUA. Em uma transmissão nas redes sociais, o presidente defendeu que um eventual veto do Supremo Tribunal Federal (STF) ao marco temporal “é um perigo para a segurança alimentar do Brasil e do mundo”. Tradicionalmente, o chefe de Estado do Brasil faz o discurso de abertura na Assembleia-Geral.
A comitiva oficial do presidente é formada por 15 pessoas, além de três intérpretes. O grupo inclui oito ministros, o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, o filho deputado do presidente, Eduardo Bolsonaro, e o advogado Rodrigo de Bittencourt Mudrovitsch, como convidado especial.
do Terra