Sábado, 23 de Agosto de 2025

Silas Malafaia pede a Moraes devolução de passaporte: “Não sou fujão”

2025-08-23 às 09:47
Foto: Reprodução

O pastor Silas Malafaia protocolou um pedido ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), solicitando a devolução de seu passaporte e de cadernos pessoais apreendidos pela Polícia Federal durante operação de busca e apreensão. A medida foi determinada no âmbito de investigação que apura possíveis tentativas de obstrução de Justiça e coação no curso do processo.

Em vídeo divulgado em seu perfil na plataforma X (antigo Twitter), Malafaia argumentou que a retenção do passaporte não se justifica diante da inexistência de risco de fuga.

“Todo mundo no mundo jurídico sabe que para apreender o passaporte de alguém tem que haver risco eminente de fuga. Eu estava em Portugal quando tudo isso estourou. Se eu tivesse medo do senhor ou de tudo isso, eu ficava lá, ou ia para a América, onde tenho igrejas”, afirmou.

O pastor também criticou a decisão de Moraes, classificando-a como uma “aberração” e negando qualquer intenção de deixar o país.

“Uma coisa eu não sou: covarde, medroso e fujão. Eu vou estar aqui, vou continuar a falar e a denunciar”, disse.

A operação que resultou na apreensão dos bens ocorreu na última quarta-feira (20), no Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro, quando Malafaia desembarcava de um voo vindo de Lisboa.

Na decisão, o ministro Alexandre de Moraes impôs outras medidas cautelares, como a proibição de contato com os demais investigados no caso, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

Segundo o STF, a Polícia Federal e a Procuradoria-Geral da República apresentaram elementos que indicam a suposta atuação conjunta do pastor com Bolsonaro e seu filho em crimes de coação no curso do processo e tentativa de obstrução das investigações. Conforme a decisão, o grupo teria buscado influenciar o Supremo Tribunal Federal por meio de uma campanha de desinformação e pressão política, que incluiria até o uso de ameaças envolvendo tarifas americanas como instrumento de barganha.

Veja no vídeo abaixo: