União Brasil e PP, agora federados na União Progressista, anunciaram oficialmente a saída da base do governo Lula em 2 de setembro de 2025. A decisão inclui uma orientação expressa para que todos os filiados que ocupam cargos no Executivo federal renunciem imediatamente a esses postos, com prazo até 30 de setembro para cumprimento. Aqueles que desobedecerem poderão ser afastados e até expulsos das legendas, conforme os estatutos dos partidos.
A medida atinge diretamente os ministros André Fufuca (Esporte) e Celso Sabino (Turismo), ambos deputados federais licenciados. A justificativa dada pela federação é que a decisão é um gesto de clareza e coerência, atendendo ao que o povo brasileiro espera dos seus representantes. A saída ocorre em um momento de insustentabilidade política da relação com o governo Lula, e enfraquece numericamente a base aliada do presidente no Congresso, comprometendo a tramitação de projetos do Executivo. Apesar da saída, indicações políticas dos partidos que não envolvem mandatos não serão necessariamente afetadas. O presidente Lula ainda não se manifestou oficialmente sobre a medida.
A federação decidiu romper a aliança governista após avaliações internas quanto à participação no governo, que se tornou insustentável diante das divergências políticas. A saída de União Brasil e PP reduz a base de apoio oficial no Congresso para perto do limite mínimo necessário para maioria, dificultando a aprovação de medidas importantes no Legislativo. A determinação exige que todos os detentores de mandato renunciem ao cargo federais imediatamente, sob pena de punições que incluem afastamento e expulsão do partido.
A orientação se aplica especialmente aos ministros, com mandato eletivo, enquanto outras indicações sem mandato não devem ser obrigadas a sair. A federação comunica que essa decisão é necessária para manter a coerência política e responder às expectativas dos eleitores.
Os ministros André Fufuca (PP) e Celso Sabino (União Brasil) têm resistido à saída, porém estão pressionados internamente para entregar os cargos. Celso Sabino inclusive cogitou pedir licença ou sair do partido para tentar ficar no cargo. A saída dos dois é simbólica do desmantelamento da influência da federação dentro do governo Lula. Essa decisão foi comunicada pela presidência da federação União Progressista liderada por Antônio Rueda (União Brasil) e Ciro Nogueira (PP), em coletiva de imprensa em Brasília.