Uma discussão sobre a preservação do patrimônio histórico em Capão Bonito (SP) ganhou destaque nacional após uma gafe do vereador Clayton Sassá (União Brasil). Durante a sessão, o parlamentar confundiu o termo técnico “tombamento” — um instrumento legal para proteger bens de valor histórico e cultural — com “demolição”.
O equívoco ocorreu enquanto os vereadores debatiam ações para a conservação de uma igreja local. Ao tomar a palavra, Sassá se declarou “totalmente contra” a proposta, demonstrando não ter compreendido que o tombamento visa impedir exatamente a destruição ou descaracterização de um imóvel. A fala gerou surpresa entre os presentes e rapidamente viralizou nas redes sociais.
Após a intervenção, outros parlamentares esclareceram ao vereador o real significado do ato de tombar um patrimônio. O episódio levanta um debate importante sobre o preparo e o conhecimento técnico dos representantes públicos em pautas específicas, mas fundamentais para a comunidade, como a cultura e a preservação da memória coletiva.
Diferente do que o senso comum pode sugerir, o tombamento é um ato administrativo ou legal que reconhece o valor histórico, cultural, arquitetônico ou ambiental de um bem, seja ele móvel ou imóvel. Uma vez tombado, o bem passa a ter sua conservação garantida por lei, proibindo sua demolição e exigindo autorizações especiais para qualquer tipo de reforma ou intervenção.
A medida é uma das principais ferramentas para garantir que as futuras gerações tenham acesso à história e à identidade cultural de uma cidade, protegendo edifícios, praças, obras de arte e outros elementos que formam a memória de uma comunidade. A responsabilidade pela fiscalização e proteção é compartilhada entre o poder público e a sociedade civil.