Na tarde deste sábado (12), o deputado federal e líder do governo, Ricardo Barros (Progressistas – PR), concedeu uma entrevista ao D’Ponta News, a qual foi comandada pelo comunicador João Barbiero. Na conversa, Barros abordou temas como: Futuro da presidência na Câmara dos Deputados, Eleições 2022, COVID-19, vacinas contra o coronavírus, entre outros variados temas.
Rodrigo Maia
Sobre o atual presidente da Câmara, o deputado diz que não há problemas entre o governo e o presidente da casa. “Nos votamos e aprovamos muita coisa importante na presidência do Maia. O fato é que ele é adversário do presidente Bolsonaro na cidade do Rio de Janeiro. Mas é isso, temos que aguardar ainda os candidatos para a próxima composição da mesa diretiva. Ainda não temos os candidatos”, coloca.
Eleições 2022
Sobre as próximas eleições para a presidência, Barros acredita que hoje Bolsonaro não tem concorrência. Ele ainda fala sobre o fortalecimento dos partidos de centro. “Os partidos de centro se fortaleceram nas eleições municipais. Mas se tratando de eleições em 2022, creio que os partidos de esquerda vão marchar sozinhos, mas hoje, o presidente Bolsonaro ainda não tem concorrente”, afirma.
Vacinas contra o coronavírus
“As vacinas estão em andamento de aprovação. Já existe um plano nacional de vacinação, agora, temos que aguardar os testes para saber se as vacinas tem efeito colateral tardio. O que se sabe é que ela causa anticorpos, mas é preciso esperar o registro nas agências de vigilâncias e fazer a compra delas, mas não tem vacina e nem seringa para todos”, relata.
O parlamentar ainda relata que na próxima segunda-feira (14), haverá a compra de 330 milhões de seringas. “Na próxima segunda-feira teremos essa compra, já que a vacinação é para o ano todo, aos poucos”, explica. Barros ainda faz um alerta para a população sobre a vacinação e as discussões que permeiam o tema, segundo ele há uma afobação geral sobre essa questão. “Não tem uma vacina ainda registrada, pronta. Acho que estamos com a carroça muito na frente dos bois”, acredita o deputado.
Por fim, o deputado também alerta para questões que julga centrais sobre a vacinação e faz um novo alerta aos brasileiros. “As pessoas precisam parar de ser enganadas, por exemplo, amanhã não vai chagar alguém e vir me vacinar na porta de casa. Temos que olhar para questões como: A vacina vai atender o mercado privado, as farmácias? Tem muitas questões acerca disso que ainda não foram resolvidas. Lembrando também, que toda a população só será vacinada por completo em 2022 provavelmente, não tem tudo para todos já no primeiro mês”, pontua.
COVID-19, imunidade de rebanho e ações tomadas
Ricardo Barros, que já foi ministro da Saúde, afirmou ainda durante a entrevista que a literatura diz que a chamada ‘imunidade de rebanho’ é o ideal. “A literatura diz que a pandemia acaba quando mais de 60% da população estiver imune, ou seja, tiver adquirido anticorpos. Então a lógica é contaminar o maior número de pessoas de baixo risco para atingir a imunidade de rebanho e acabar com a pandemia”, detalha.
Para o parlamentar tudo que está sendo feito no momento é o contrário disso que a chamada literatura recomenda. “Neste momento nós vemos escolas fechadas, crianças longe do contágio, e estamos expondo populações de risco para o contágio. Eu não consigo entender a lógica. Mas, eu sei que o comportamento tá sendo esse e nós temos que respeitar, já que as decisões estão nas mãos de governadores e prefeitos”, diz.
Privatizações
Sobre as privatizações, o líder do governo prefere aguardar a próxima composição da mesa diretora da Câmara para poder opinar melhor. “Nos vamos saber no mandato do próximo presidente da Câmara, qual será a negociação, qual é a área, empresa que tem mais dificuldade. Agora, sei que, dinheiro público tem que ficar para saúde, educação, entre outras prioridades. Mas neste momento, eu estaria especulando se escalonasse algo sobre privatizações”, reforça.
Bolsonaro retornando para o Progressistas?
O atual presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), já foi membro do Progressistas. Sobre a chance de retorno dele, Barros afirma que já foi feito um convite. “Ele já foi convidado para retornar. Mas como disse o senador Ciro Nogueira do nosso partido, a melhor hora para isso é no segundo semestre de 2021, aproximadamente um ano antes das eleições”, explana.
Assista abaixo a entrevista na íntegra: