O Capitão do 2º Grupamento do Corpo de Bombeiros de Ponta Grossa, Renan Bortolassi, foi um dos entrevistados de hoje no programa Manhã Total, apresentado por João Barbiero, na Rádio Lagoa Dourada FM (105,3 para Ponta Grossa e região e 92,9 para Telêmaco Borba), nesta segunda-feira (06) e falou sobre o trabalho da equipe para conter os estragos causados pelas chuvas na cidade.
Leia os principais pontos da entrevista:
Estragos em PG
Capitão Bortolassi conta que, nas últimas semanas, as chuvas acompanhadas de ventos fortes e granizo, causaram estragos não somente na cidade de Ponta Grossa, mas em toda a região. Além desses eventos, o grande volume de chuva, que atingiu níveis recordes, sendo o mês de outubro considerado o mês mais chuvoso dos últimos 26 anos na cidade, atingindo 314,4 milímetros registrados pelo Simepar, causou alagamentos, deslizamentos e locais que precisaram ser interditados por risco de desmoronamento.
Mais especificamente no dia 26 de outubro, uma chuva forte acompanhada de granizo atingiu a cidade por quase 15 minutos de precipitação intensa e causou diversos danos à estruturas e residências. Ele conta que, logo após a chuva, no número da corporação, o 193, disparou os chamados e pedidos de ajuda. Para atender todas as ocorrências, a corporação precisou movimentar equipes extras de efetivos, sendo chamados militares que estavam de folga e que realizam trabalhos administrativos dentro dos quartéis para darem apoio à grande demanda de atendimentos. “Dobramos a capacidade do GB [Grupamento de Bombeiros] [..] para possibilitar essa resposta o mais rápido possível à população”, declara.
Mesmo com o número maior de militares trabalhando, não era possível que as equipes fossem até as residências para realizar entregas de lonas. A população então foi instruída a fazer a retirada nos quartéis e pontos estratégicos, como um posto de combustível no bairro Santa Paula, uma das regiões mais atingidas pelo temporal.
A equipe totalizou nos quatro dias de chuvas intensas, 2.863 entregas de lonas, contabilizando em 15.585 metros. Além das entregas, foram realizados atendimentos em diversos locais de alagamentos, vistoriados possíveis deslizamentos e situações de quedas de árvores em vias públicas ou sobre residências, até o dia 30 de outubro.
Prevenção e preparação
Sobre o preparo da equipe em casos de catástrofes, ele conta que os bombeiros trabalham na “preparação e prevenção para que a resposta e reconstrução seja o mais rápido possível”. Explica que quanto mais a equipe estiver munida e preparada, “mais rápida será a resposta; a emergência vai ser mais rápida e o retorno à normalidade também vai ser mais rápido”, declara o militar.
Bortolassi ainda firma que aqui em Ponta Grossa existe um ‘Plano de Contingência’ elaborado junto com a Defesa Civil, que analisa os pontos de riscos da cidade, elencando locais críticos para formação de alagamentos, desmoronamentos e deslizamentos de terra. “Temos toda essa preparação para que diante de emergências, consiga ter uma resposta mais rápida e assertiva possível”, diz Bortolassi.
Confira a entrevista na íntegra: