A exposição “Patrimônio cultural de Castro: história do território e arquitetura” segue em cartaz no Museu do Imigrante da Colônia Castrolanda até 16 de novembro e proporciona ao público uma imersão na formação da identidade castrense.
Fruto de uma parceria entre a Prefeitura Municipal de Castro por meio da Secretaria de Cultura e instituições culturais locais, a mostra foi planejada e produzida pela historiadora Maria Luiza Pereira, e destaca o papel fundamental da cooperação entre museus para o fortalecimento das diversas narrativas que compõem a história do município. Mais do que apresentar objetos e registros históricos, a exposição convida à reflexão sobre a construção coletiva do patrimônio reunindo ferramentas como réguas de medição e lápis de carpinteiro, além de fotografias e documentos que ilustram a memória material das comunidades tropeira, japonesa, holandesa, alemã e quilombola.
Essa diversidade reflete a própria trajetória de Castro, cidade fundada no século XVIII como pouso de tropeiros e que, ao longo do tempo recebeu imigrantes europeus e outros grupos formando um mosaico cultural único. O acervo em exibição também aborda o processo de tombamento do Centro Histórico de Castro e presta homenagem à Judith Carneiro Mello, fundadora do Museu do Tropeiro, instituição pioneira na preservação da memória tropeira no Brasil.
A valorização dos bens tombados como o Museu do Tropeiro, a Casa da Praça, a Casa de Cultura Emília Erichsen e a antiga estação ferroviária é reforçada por um vídeo educativo sobre a técnica construtiva em taipa de pilão, acessível por QR code que aproxima o público das práticas arquitetônicas tradicionais e de sua importância para a sustentabilidade e a conservação do patrimônio.
A curadora Maria Luiza Pereira ressalta que a articulação entre diferentes instituições culturais é essencial para enriquecer o olhar dos visitantes e valorizar a pluralidade de narrativas. “Apesar das temáticas e temporalidades distintas, promover essa articulação entre as instituições é essencial para enriquecer o olhar do visitante e valorizar a diversidade de narrativas que compõem a história de Castro.”, afirma.
Das assessorias