A Polícia Civil do Paraná cumpriu, na tarde da última terça-feira (22), dois mandados de prisão preventiva em Castro, nos Campos Gerais. Foram detidos um homem de 43 anos, localizado em via pública, e uma mulher de 24 anos, encontrada em sua residência. Ambos são investigados por estupro de vulnerável praticado contra uma mulher de 30 anos. A vítima, segundo informações da PCPR, sofre de transtornos psiquiátricos, apresenta diagnóstico de depressão severa e faz uso de medicação, circunstâncias que caracterizam o estado de vulnerabilidade previsto pela legislação penal.
Segundo relatos colhidos durante as investigações, o homem teria iniciado ato sexual com a vítima, ignorando os reiterados pedidos dela para que interrompesse a violência. A mulher presa, que é irmã da vítima, também é investigada por participação no crime, apurada pela Polícia Civil a partir das condições de convivência e apoio mútuo entre os suspeitos.
O caso ganhou destaque pela gravidade dos detalhes relatados pela equipe de investigação, que destacou o perfil de vulnerabilidade da vítima, potencializada por seu quadro clínico e dependência medicamentosa. Os investigadores conduzem agora oitivas de testemunhas e aguardam laudos periciais para fundamentar o inquérito policial. A prisão preventiva dos envolvidos serve, segundo a Polícia Civil, para garantir a segurança da vítima e a regularidade da apuração dos fatos, impedindo a interferência dos investigados durante as diligências.
A lei prevê penas rigorosas para o estupro de vulnerável — no caso de adultos, quando comprovada condição de incapacidade de consentimento, como deficiência mental, distúrbio psíquico ou uso de substâncias que alterem a capacidade de compreensão, independentemente da manifestação da vítima.
Este tipo de crime evidencia a necessidade de atenção especial às vítimas em situação de fragilidade emocional ou mental, reforçando a importância de políticas públicas de prevenção e proteção — especialmente quando o crime ocorre no contexto familiar.
Casos de violência sexual e estupro de vulnerável podem ser denunciados de forma anônima por meio do 181 (Disque Denúncia), do telefone 190 (Polícia Militar) ou diretamente na delegacia mais próxima.
