Na manhã desta sexta-feira (5) o prefeito Artur Butina, juntamente com a Secretária de Educação e Cultura, Anne Elize Wrobell, e servidores do departamento cultural inauguraram a exposição ‘Carnaval de Várias Épocas’, com o lema ”O carnaval não estará nas ruas, mas a tradição está mantida”, em comemoração os 111 anos do carnaval em Tibagi.
O historiador e organizador da exposição, Neri Assunção, agradeceu a presença de todos e apoio dos departamentos envolvidos. ”O espaço está aberto para visitação de turistas, nossa população e artistas de todo o país”, afirma. A Secretária Anne Elize também comemorou a inauguração da exposição. “Essa iniciativa é de suma importância para a manutenção da nossa tradição principalmente pela circulação dos turistas em nossa cidade nesse período”, complementa.
O gerente de cultura do município, Scilas, ressaltou a importância da exposição. ”É o primeiro ano da história que o carnaval não estará nas ruas e aqui as pessoas podem ver o que foi o carnaval e o que poderá ser no futuro essa festa, que acima de tudo faz parte da nossa história”, afirma.
A exposição está sendo realizada no Museu Desembargador Edmundo Mercer Júnior ao lado do Palácio do Diamante, todos os dias da semana das 08h às 17h.
Conceito Histórico
O Carnaval de Tibagi é um evento cultural que acontece todos os anos, atualmente organizado pela Prefeitura Municipal de Tibagi, através do Departamento de Cultura e Secretaria de Turismo. O carnaval de rua conta com desfile do corso, de escolas de samba, de blocos, bandas musicais e shows artísticos e culturais. Completam ainda o evento espaços gastronômicos com praça de alimentação, feira de artesanatos, palcos e tendas para apresentações artísticas de rua.
O evento é um dos mais tradicionais do Paraná e se consolidou como o maior e mais importante da região dos Campos Gerais. Registros históricos datados em 1910 mostram que no início carros eram puxados por cavalos enfeitados, ainda sem muitas cores e alegorias, percorrendo as ruas no entorno da praça da igreja Matriz. Na década de 1930, a carroça foi substituída pelos carros pés-de-bode e os baianos que moravam na cidade ajudaram a enriquecer o evento.
Já na década de 1950 popularizou-se os carnavais realizados em clubes, disseminando cores e as típicas marchinhas. A população se organizava em dois clubes: o Clube Tibagiano e o Clube Estrela da Manhã. Na década de 1970 brancos e negros encontraram na terça-feira de Carnaval a oportunidade de integração da festa, que quebrou com a distinção de públicos nos clubes. Na década de 1980 o Carnaval voltou às ruas através dos desfiles.
