A Polícia Civil de Sengés prendeu na tarde da última sexta-feira, 11 de julho, um homem de 25 anos, suspeito de liderar uma organização criminosa envolvida com o tráfico de drogas e a prática de homicídios na região. A prisão foi efetuada na PR-239, onde o investigado foi localizado como passageiro de um veículo. Contra ele havia um mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça, em decorrência de investigações em andamento. A detenção ocorreu sem resistência.
O suspeito, atualmente residente em Itararé (SP), é apontado como líder de uma quadrilha que controlava o comércio ilegal de entorpecentes em Sengés. Segundo as investigações, o grupo determinava quem podia atuar na venda de drogas, em quais locais e quais substâncias poderiam ser comercializadas. A organização é também suspeita de ordenar execuções de devedores e rivais, especialmente aqueles que operavam sem autorização.
Desde o início da apuração, em novembro de 2024, a investigação já identificou ao menos cinco atentados ou execuções atribuídos à quadrilha. O caso mais recente ocorreu no final de 2024, quando uma vítima foi emboscada e atingida por pelo menos 20 disparos de submetralhadora, dos 29 efetuados. A vítima morreu no local. Neste crime, além do suposto líder preso na sexta-feira, outro suspeito já havia sido detido em fevereiro deste ano.
A operação que culminou na prisão do principal investigado é considerada um marco no combate ao crime organizado em Sengés. Durante seu curso, a investigação principal deu origem a outras frentes, desarticulando quadrilhas associadas e identificando traficantes ligados à organização. A polícia informa que chefes, integrantes e traficantes independentes desses grupos secundários também foram presos em fases anteriores da operação.
O trabalho investigativo utilizou recursos tecnológicos avançados, como a quebra de sigilos telemáticos e monitoramentos autorizados judicialmente. Até o momento, foram apreendidas quantidades significativas de drogas, além da prisão de 11 adultos e a apreensão de dois menores infratores.
Um dos crimes de maior repercussão atribuídos ao grupo foi a execução de uma mulher de 33 anos no início de 2025, em Sengés. O crime, classificado como um “Tribunal do Crime”, teria sido motivado por um suposto furto de drogas. A vítima foi torturada, morta e enterrada em uma cova rasa. Segundo a Polícia Civil, a execução foi transmitida ao vivo e compartilhada entre integrantes da organização. Os envolvidos já estão presos.
Com a prisão realizada na última sexta-feira, a Polícia Civil de Sengés contabiliza 45 detenções em 2025, no âmbito do combate a crimes violentos.