Domingo, 15 de Dezembro de 2024

Vídeo: VCG pede auxílio de colaboradores mas Sintropas orienta pela manutenção da paralisação total do transporte em PG

2021-05-10 às 15:47

A Viação Campos Gerais, concessionária do transporte coletivo de Ponta Grossa, solicitou nesta segunda-feira, 10, aos colaboradores que pudessem e entendessem a situação da empresa, para que retornassem ao trabalho e operassem o transporte coletivo no município. No vídeo, distribuído entre os funcionários, a VCG explica que entende a legitimidade da greve porém reforça a necessidade da geração de receita para que haja o pagamento do que está atrasado aos funcionários. “Convidamos, pedimos, colocamos inteiramente à disposição o transporte coletivo para aqueles colaboradores que querem trabalhar neste momento”, diz a empresa no vídeo.

Pouco tempo depois, o presidente do Sintropas, Luiz Carlos de Oliveira, distribuiu outro vídeo para os funcionários da VCG pedindo para que mantivessem a paralisação total. “Não vai retornar! Só vai retornar depois que estiver tudo pago! Então já avisando a todos. Não adiantar ir pra garagem! Fiquem nas suas casas”, diz Luizão no vídeo.

Segundo a VCG, alguns colaboradores se deslocaram até à empresa após o pedido, porém o Sintropas teria barrado a saída de dois ônibus da garagem.

Confira os vídeos.

No meio da tarde desta segunda-feira, 10, a VCG emitiu uma nova nota em que afirma que, sem o transporte coletivo operando, a possibilidade de pagamentos fica mais difícil. “Ressaltamos que impossibilitados de operar, fica cada vez mais difícil equalizar as pendências financeiras, bem como honrar com o pagamento do vale alimentação, previsto agora para maio.”

Confira a nota na íntegra.

Atenção colaboradores:

Fizemos uma tentativa de disponibilizar o transporte coletivo para aqueles que querem trabalhar. No entanto o sindicato barrou a saída de dois veículos e os que retornarem, ainda que com colaboradores dispostos para rodar, serão impossibilitados de circular.

A máxima de que “sem salário, sem transporte” tem o seu inverso verdadeiro: “sem receita, sem salário”. Ressaltamos que impossibilitados de operar, fica cada vez mais difícil equalizar as pendências financeiras, bem como honrar com o pagamento do vale alimentação, previsto agora para maio.

Mais uma vez lembramos que os salários atrasados de março encontram-se plenamente quitados pela empresa, apesar de no momento os recursos estarem em poder da justiça do trabalho, ainda pendente de repasse aos trabalhadores, mas isso deixa de ser responsabilidade da empresa.

O momento é gravíssimo e percebemos uma grande vontade de colaboradores que entendem a situação e estão dispostos a ocuparem os seus postos de trabalho.

No entanto, a segurança está em primeiro lugar. Dado ao trancamento da saída da garagem pelo SINTROPAS, entendemos ser imprudente insistir em circular sem a anuência sindical ou novo amparo judicial, o que a empresa está buscando neste momento.