O Parque Vila Velha, situado em Ponta Grossa, foi o local escolhido para dar início a uma rota de cicloturismo na região dos Campos Gerais. O tema é discutido pelo empresário e fundador do Lobi Cicloturismo, Ivan Mendes, e foi apresentado neste sábado (17) ao secretário estadual do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, Márcio Nunes.
Os ciclistas fizeram o percurso de 22 km pelos principais atrativos do Parque, uma pedalada de cerca de duas horas de duração. Outras rotas são estudadas pelos ciclistas para serem exploradas na região dos Campos Gerais. A mais longa tem cerca de 380 km.
O Parque Vila Velha foi escolhido para a primeira rota pela estrutura existente, além da vista privilegiada dos atrativos naturais. Partindo do Centro de Visitantes em cima da “magrela”, os ciclistas pedalaram rumo à Lagoa Dourada, depois visita as Furnas e finaliza o trajeto nos Arenitos.
Em cada atrativo, o cicloturista encontra um bike parking adequado para poder curtir cada lugar no seu tempo. Todo o circuito é sinalizado para que o visitante possa aproveitar ao máximo o passeio.
Desde fevereiro deste ano, o parque tem gestão compartilhada do Estado com a Soul Vila Velha, uma empresa da Soul Parques. O grupo oferta serviços de apoio à visitação, turismo sustentável e recreação. A gestão ambiental segue de responsabilidade do Governo.
Márcio Nunes lembra que o local já recebeu diversas melhorias para receber os turistas. “Com a Concessão à iniciativa privada, Vila Velha se torna uma referência nacional ao turismo. Vários atrativos já foram lançados como tirolesa, arvorismo e balão, entre outras. Agora o cicloturismo surge em um momento histórico para o Paraná”, afirmou.
O projeto de implantar o cicloturismo no Paraná prevê a atração de turistas de todo o Brasil. A ideia é promover o desenvolvimento do Estado com capacitação de profissionais para recepcionar os turistas em hotéis, pousadas e restaurantes, promovendo a geração de renda aos paranaenses.
BENEFÍCIOS – Pedalar auxilia na diminuição da emissão de gases poluentes, na melhoria da qualidade de vida com o estímulo e promoção de atividades ecológicas, turísticas e de lazer com a bicicleta; além da promoção do desenvolvimento sustentável.
Os benefícios do uso das bicicletas foram discutidos no Paraná durante este ano, após a Lei Estadual nº 20.146, de março de 2020, que instituiu a “Política de Mobilidade Sustentável e Incentivo ao Uso da Bicicleta”, além de promover alterações na Lei nº 18.780, de 2016.
Os objetivos foram ampliados e reformulados, passando a constar, dentre eles, diminuir a emissão de gases poluentes, melhorar a qualidade de vida da população, estimulando e promovendo a realização de atividades ecológicas, turísticas e de lazer com a bicicleta; estimular e apoiar à cooperação entre municípios para a junção de rotas intermunicipais, visando o turismo e o lazer; promover o desenvolvimento sustentável com a mitigação dos custos ambientais.
“A ideia de promover o cicloturismo nos parques estaduais e nos Campos Gerais é fazer com o que o turista fique na região consumindo e conhecendo os pontos turísticos”, disse o ciclista Ivan Mendes.
MOBILIDADE URBANA – Usar a bicicleta como meio de transporte urbano também se tornou uma opção, ainda mais viável com a pandemia. “A doença colaborou muito para que a bicicleta saísse das casas, prédios e garagens e ocupasse as ruas. Além de ser um meio de transporte sustentável, não poluente, é bom para a saúde dos que a utilizam”, afirmou o diretor de políticas ambientais da Secretaria, Rasca Rodrigues.
Em 2012, a Lei nº 17.385 instituiu setembro como o “Mês da Bicicleta” no Paraná, criando uma agenda durante todo o mês para a discussão e reflexão sobre políticas públicas voltadas ao tema.
O objetivo é mobilizar toda a sociedade em ações e campanhas que esclareçam e incentivem o uso da bicicleta como meio de transporte eficiente e sustentável.
Imagens/informações: IAT.