A forte tempestade de granizo que atingiu Castro nesta terça-feira (26) foi provocada pelo deslocamento de um vórtice ciclônico de altos níveis, fenômeno que trouxe ar muito frio e favoreceu a formação intensa de granizo, cobriu ruas e causou destruição em diversos pontos da cidade. Segundo o meteorologista Allef Matos, do Simepar, a tempestade teve origem em um vórtice ciclônico, um sistema de baixa pressão que se desenvolve a cerca de cinco quilômetros de altitude, criando condições ideais para tempestades severas.
Esse sistema, ao avançar pelo Paraná, transportou grandes volumes de ar frio, tornando o ambiente atmosférico ainda mais propício para a formação de granizo. A temperatura mais baixa na superfície foi um fator fundamental para que as pedras de gelo não derretessem antes de chegar ao solo, resultando no acúmulo intenso visto em diversas áreas urbanas e rurais, como o Jardim Termas de Riviera, Centro e Vila Rio Branco.
A precipitação de granizo começou por volta das 9h10, durou menos de 20 minutos e teve intensidade suficiente para cobrir ruas, avenidas e até rodovias como a PR-151, gerando cenas que lembravam paisagens de neve. Muitos imóveis foram danificados, incluindo residências, estabelecimentos comerciais e prédios públicos, como a Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, que teve parte do telhado destruído. Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e secretarias municipais foram mobilizados para atender às demandas, fornecer telhas, lonas e abrigo à população atingida.
A combinação da atmosfera profunda e fria trazida pelo vórtice ciclônico e as baixas temperaturas na superfície permitiu não só a formação, mas também a conservação do granizo, favorecendo seu acúmulo, algo incomum no Paraná. A orientação da Defesa Civil inclui cuidados no trânsito, desligamento de energia em casas destelhadas e busca por abrigo seguro diante do risco de novas ocorrências.