Robert Redford, renomado ator, diretor e produtor norte-americano, morreu aos 89 anos. A informação foi confirmada nesta segunda-feira (15) por Cindi Berger, diretora-executiva da agência de talentos Rogers & Cowan PMK, à imprensa dos Estados Unidos.
Segundo o comunicado oficial, Redford faleceu “nas montanhas de Utah — o lugar que ele amava, cercado por aqueles que amava”. A família pediu privacidade neste momento.
Com uma trajetória de destaque no cinema desde os anos 1960, Redford protagonizou obras que marcaram gerações, como Butch Cassidy (1969), Golpe de Mestre (1973) e Todos os Homens do Presidente (1976). Sua atuação versátil, aliada a um carisma característico, fez dele um dos rostos mais emblemáticos do cinema americano.
Além da carreira como ator, consolidou-se como cineasta ao vencer o Oscar de Melhor Direção por Gente como a Gente (1980). Em 2002, foi agraciado com um Oscar honorário, reconhecendo sua influência como “inspiração para cineastas de todo o mundo”.
Fora do circuito comercial, Redford teve papel decisivo na valorização do cinema independente. Fundou o Instituto Sundance, responsável pela criação do Festival de Sundance — hoje uma das principais plataformas do setor.
Também foi reconhecido por seu engajamento em causas sociais e ambientais, embora preferisse não ser rotulado como ativista. Manteve vida discreta em seu rancho em Utah, onde se afastou gradualmente da vida pública.
Aposentadoria e últimos trabalhos
Em 2018, anunciou sua aposentadoria como ator com o filme O Velho e a Arma, no qual interpretou um assaltante em fim de carreira. Sua última participação no cinema, porém, foi como o personagem Alexander Pierce em Vingadores: Ultimato (2019), filmada anteriormente.
Robert Redford deixa a esposa, Sibylle Szaggars, e duas filhas do primeiro casamento com Lola Van Wagenen: Shauna Jean Redford e Amy Hart Redford. Durante a vida, enfrentou perdas familiares marcantes, incluindo a morte dos filhos Scott Anthony Redford, ainda bebê, e David James Redford, vítima de câncer em 2020.