O ex-jogador Robinho, condenado a nove anos de prisão por estupro, solicitou sua transferência da Penitenciária II de Tremembé, em São Paulo, onde cumpre pena desde março deste ano. O pedido foi protocolado por seu advogado, Mário Rossi Vale, e tem como justificativa a suposta “fofoca” de que o ex-atleta estaria recebendo tratamento especial dentro da unidade prisional.

Segundo informações do portal Ric, a solicitação foi encaminhada à juíza Sueli Zeraik de Oliveira Armani, que esclareceu que esse tipo de decisão é competência da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), por se tratar de uma questão administrativa. Apesar disso, a magistrada não se opôs à mudança, desde que sejam cumpridos os requisitos legais e comprovada a existência de vaga em outro presídio. As informações são do jornalista Ullisses Campbell, do jornal O Globo.

Durante audiência convocada pela juíza para apurar as alegações de privilégios, Robinho negou qualquer tipo de tratamento diferenciado, afirmando que todos os detentos são tratados de forma igualitária. Após o depoimento, a defesa protocolou o pedido de transferência, solicitando a mudança para um dos centros de ressocialização em Limeira, Rio Claro ou Bragança Paulista.

Segundo o advogado, o pedido se baseia na boa conduta do ex-jogador, na ausência de infrações disciplinares e na iminente desativação da Penitenciária II de Tremembé.

Relembre o caso

Robinho foi condenado pela Justiça da Itália por estupro coletivo, e a sentença foi ratificada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), que determinou o cumprimento da pena em território brasileiro.

De acordo com a Lei de Execuções Penais, o ex-atleta deverá cumprir ao menos 40% da pena em regime fechado, o equivalente a três anos e seis meses, antes de poder solicitar a progressão para o regime semiaberto.