Sábado, 27 de Julho de 2024

Coluna Draft: ‘Mate a cobra e mostre o Pau’, por Edgar Talevi

2023-07-18 às 10:00

“Mate a cobra e mostre o Pau”

 

Não é suficiente fazer. É necessário que aquela pessoa que faz o trabalho mostre tintim por tintim a sua empreita. 

O significado da frase que dá título a esta crônica é afirmar uma coisa e provar sua autoria. E é bem brasileira tal expressão, tendo sido criada pelo escritor e crítico Valdemar Cavalcanti.

E, a quem lembrava dessa expressão, podemos dizer que tem “Memória de Elefante”. Mas, afinal, o que é “Memória de Elefante”?

A supracitada expressão diz respeito à pessoa que tem grande facilidade de memorizar, ou, até mesmo, possui memória excelente.

Sua origem é a Índia e a Ásia e nasceu do fato de o elefante “lembrar” de tudo o que aprende, ou seja, ter uma memória acima da média.

Entretanto, prezados leitores, cuidado! Nada de “Meter a Catana”!

É isso mesmo! Não “Metam a Catana”! Mas esperem aí… não é o que muitos estão pensando (será que estão pensando realmente ou este cronista é demasiadamente afinado?)!

“Meter a Catana” é, simplesmente, intrometer-se. Viram como nada havia de desproposital? Vamos a um exemplo para bem especificar a expressão?

– Misericórdia! Até quando teremos de tolerar esse sujeito que tanto “Mete a Catana” nos negócios da família?

E vejam só: é uma típica expressão brasileira. Por isso, talvez, haja muitos metendo a catana a torto e a direito.

Para o epílogo da crônica deste terça-feira, os versos “inocentes” de Tati Bernardi:

“Para toda malícia tem uma inocência. Para toda chuva tem um sol. Para toda lágrima tem um sorriso”

Coluna Draft

por Edgar Talevi

Edgar Talevi de Oliveira é licenciado em Letras pela UEPG. Pós-graduado em Linguística, Neuropedagogia e Educação Especial. Bacharel e Mestre em Teologia. Atualmente Professor do Quadro Próprio do Magistério da Rede Pública do Paraná, na disciplina de Língua Portuguesa. Começou carreira como docente em Produção de texto e Gramática, em 2005, em diversos cursos pré-vestibulares da região, bem como possui experiência em docência no Ensino Superior em instituições privadas de Ensino de Ponta Grossa. É revisor de textos e autor do livro “Domine a Língua – o novo acordo ortográfico de um jeito simples”, em parceria com o professor Pablo Alex Laroca Gomes. Também autor do livro "Sintaxe à Vontade: crônicas sobre a Língua Portuguesa". Membro da Academia Ponta-grossense de Letras e Artes. Ao longo de sua carreira no magistério, coordenou inúmeros projetos pedagógicos, tais como Júri Simulado, Semana Literária dentre outros. Como articulista, teve seus textos publicados em jornais impressos e eletrônicos, sempre com posicionamentos relevantes e de caráter democrático, prezando pela ética, pluralidade de ideias e valores republicanos.