A quem está acostumado a usar a expressão ‘amigo pessoal’ fica o alerta: isso não existe!
A explicação para tanto é o fato de que não existe amigo que seja ‘impessoal’, portanto dizer ou escrever amigo pessoal torna-se altamente redundante!
Oras, mas esse é um erro que toda ‘pessoa humana’ pode cometer, não é verdade? Não é mesmo! Pessoa, por si só, já é humana, sendo assim, dispense o termo ‘humana’ acompanhando ‘pessoa’.
Como estamos subindo o nível de nosso conhecimento! Mas cuidado! Subir sempre estará sozinho… jamais use ‘subir para cima’, ou similares, tais como ‘subir a subida’ dentre outros.
São tantos detalhes que precisamos repetir no dia a dia para aprendermos. Aqui vai outra dica: nunca use ‘repetir de novo’. Ex. “Ele comeu tanto e ainda repetiu de novo o macarrão!” Quem repete, simplesmente o faz de novo, portanto é dispensável o uso do termo ‘de novo’.
Ao estudarmos gramática, percebemos que cada vez mais temos certeza do que dizemos ou escrevemos. Mas sempre apenas certeza, jamais ‘certeza absoluta’, afinal, quem tem certeza, só poderá tê-la na forma absoluta.
Aprendamos isso ‘juntamente com’ os demais adereços linguísticos necessários à boa prática de nosso idioma. Misericórdia!!! Outro erro revelado: “juntamente com”. Se é ‘juntamente’, estará ao lado, portanto ‘com’. Simples assim, concordam?
E ainda ficaram de fora de nossa crônica muitos deslizes gramaticais: “em duas metades iguais; há anos atrás; outra alternativa; acabamento final; hemorragia de sangue; multidão de pessoas; amanhecer o dia; criação nova; planejar antecipadamente; fato real; goteira no teto etc. etc. etc..
Pasmemos, mas Língua Portuguesa é fácil! Difícil é decorar regras, aí são outros quinhentos!
Para nossa meditação de fim de semana, sugiro os versos de “Língua”, de Caetano Veloso:
“Gosto de sentir a minha língua roçar a língua de Luís de Camões”