Quarta-feira, 21 de Maio de 2025

Coluna Draft: ‘Palavras desconhecidas da Língua Portuguesa!’, por Edgar Talevi

2022-07-25 às 10:59

Parece uma ‘atoarda’ – boato -, mas o valor da Língua Portuguesa é, de fato, ‘anóvea’. Desdenhar desse conhecimento seria, no mínimo, ‘asnidade’. Mas, sem ‘aguça’, vamos aos significados das palavras mais desconhecidas da Língua Portuguesa.

Para início de questão, ‘anóvea’ equivale a 9 vezes superior. Isso mesmo! A Língua Portuguesa, para seus amantes, como este colunista que vos escreve, prezados leitores, é até 9 vezes superior a outros idiomas. Concordam?

Não obstante, ignorar o fato de que nosso idioma tem vital importância na construção da cultura nacional e internacional é uma ‘asnidade’, ou seja, ignorância, no sentido de desconhecer.

Porém, tudo que pudermos apreender seja sem ‘aguça’, quer dizer, sem pressa, sem que se faça açodadamente.

Para quem gostou dessas palavras, vamos a mais alguns exemplos de vocábulos que soam “esquisito”, mas refletem a realidade do conteúdo de nosso idioma.

Quem gosta de boas leituras, certamente já compôs sua ‘bricolage’. Isso mesmo – bricolage -, que significa uma combinação de elementos extraídos de obras distintas.

Neste sentido, sejamos todos ‘custódios’ de nossa língua máter. Opa! ‘Custódio’ tem o sentido de aquele que guarda, defende ou protege. Mas, não para por aí. Para quem se encanta com um bom teatro, vive o espetáculo com o olhar fixo no ‘coreuta’ – cada um dos membros do coro, no teatro clássico, corista.

Agora, pensem comigo, exímios leitores: imaginem ocorrer a nós uma ‘ecmnesia’ – um esquecimento de todos os fatos ocorridos de certa época em diante. Seria um divagar extremamente doloroso em nossas almas de leitores.

E, voltando ao valor da Língua Portuguesa e seu vocabulário, imaginemos quanto valeria cada letra, cada palavra, cada construção frasal que obtivéssemos?! A isso daríamos o nome de ‘gematria’, ou seja, um sistema criptográfico que consiste em atribuir valores numéricos às letras. Seria como se nós pudéssemos conversar por meio de códigos!

Neste diapasão, busquemos conhecimento, mas nos mantenhamos ‘humílimos’ – as pessoas que são extremamente simples, modestas. Conhecimento dá poder, mas exalta os humildes, certamente.

Findo esta crônica de início de semana com uma frase singular de Barão de Itararé:

“O Português é uma língua muito difícil. Tanto que calça é uma coisa que se bota, e bota é uma coisa que se calça!”

Coluna Draft

por Edgar Talevi

Edgar Talevi de Oliveira é licenciado em Letras pela UEPG. Pós-graduado em Linguística, Neuropedagogia e Educação Especial. Bacharel e Mestre em Teologia. Atualmente Professor do Quadro Próprio do Magistério da Rede Pública do Paraná, na disciplina de Língua Portuguesa. Começou carreira como docente em Produção de texto e Gramática, em 2005, em diversos cursos pré-vestibulares da região, bem como possui experiência em docência no Ensino Superior em instituições privadas de Ensino de Ponta Grossa. É revisor de textos e autor do livro “Domine a Língua – o novo acordo ortográfico de um jeito simples”, em parceria com o professor Pablo Alex Laroca Gomes. Também autor do livro "Sintaxe à Vontade: crônicas sobre a Língua Portuguesa". Membro da Academia Ponta-grossense de Letras e Artes. Ao longo de sua carreira no magistério, coordenou inúmeros projetos pedagógicos, tais como Júri Simulado, Semana Literária dentre outros. Como articulista, teve seus textos publicados em jornais impressos e eletrônicos, sempre com posicionamentos relevantes e de caráter democrático, prezando pela ética, pluralidade de ideias e valores republicanos.