Rendido ao PT e pupilo de Lula nas eleições deste ano, Requião terá dificuldades lógicas para se eleger ao governo do Paraná devido ao histórico conservador do Estado nas eleições majoritárias.
Embora tenha sido prefeito de Curitiba, além de Governador por três mandatos e por dois mandatos Senador pelo Paraná, Roberto Requião enfrentará cenário adverso contra o mais que favorito Carlos Massa Ratinho Júnior, que é o que desponta em todos os cenários das últimas pesquisas de intenção de votos para o Governo do Paraná.
Conservador e de “Direita”, O Paraná, que “Elegeu” Jair Bolsonaro em 2018, deverá repetir a dose em 2022 e duplicar com Ratinho Júnior, a menos que um grandiosíssimo fato novo sobrevenha às eleições de outubro.
Excetuando-se 2002, em que Lula venceu nas urnas para Presidente da República no Estado do Paraná pela única vez, o Estado é nicho eleitoral do PSDB/DEM/PSD e costuma eleger candidatos alinhados a pautas liberais e macroeconômicas conservadoras, além de aderir a campos que compõem a agenda comportamental que tanto atravessa o cabedal de campanha bolsonarista. Isso tudo somado deverá obstar a Roberto Requião a candidatura ao pleito, mas a votação não será acachapante. O PT possui forte base eleitoral espargida pelo Estado, como em todo o Brasil, e a ‘onda’ Lula deverá emplacar fortemente nos temas estruturais, tais como fome, desemprego, inflação dentre outros.
Prever um resultado satisfatório a Requião seria, no mínimo, uma varinha de condão em uma campanha marcada por pouco tempo de exposição de televisão e marcas indeléveis de ideologias que ceifaram as marcas dos partidos políticos durante boa parte do tempo em que pleitearam nas ruas, na justiça e contra as Fake News, mas não se pode saber ao certo os índices que os candidatos alcançarão.
O assertivo é que o PT ganha, cada vez mais terreno, em rede nacional, com a candidatura Lula, mas perde no regional, no Paraná, com Requião, onde Ratinho poderá/deverá ser reeleito sem susto, quiçá em primeiro turno.
Destarte, a base de apoio de deputados estaduais à candidatura de Ratinho Júnior é invejável pela envergadura dos nomes e montagem, compondo cenário elogiável aos proponentes à ALEP, permitindo ao Patrão Palaciano sonhar com mais 4 anos à frente do Governo do Estado.
Pelo que tudo indica, teremos mais do mesmo e mais dos mesmos!
Urge pensar, exatamente neste momento, nas célebres palavras de James Freeman Clarke:
“Um político pensa na próxima eleição; um estadista, na próxima geração!”