Sexta-feira, 26 de Julho de 2024

Coluna Draft: ‘Um breve testemunho de vida-morte-vida!’, por Edgar Talevi

2023-09-19 às 10:00
Foto: Reprodução/Freepik

“E, havendo Deus terminado no dia sétimo a sua obra, que fizera, descansou nesse dia de toda a sua obra que tinha feito” (ARA).

Milênios há em que o trecho bíblico supracitado vem sendo lido, mas pouco compreendido pela humanidade. De modo raso, em análise simplista, muitos creem ter Deus estabelecido uma relação de causa e efeito físico-mental a Ele mesmo, tendo descansado de sua criação – desculpem-me os evolucionistas, por quem denoto insuspeito apreço -, mas este colunista instatui o criacionismo, como vertente teológica e ideológica para que, em meio a tantas contingências epistemológicas, estabeleça-se como parâmetro basilar de fundamentação técnica para experimentação do tema em pauta.

Deus, em sua asseidade – teoria escolástica que significa a distinção divina dos demais seres – prescinde de revitalização física, porque subsiste em forma imaterial, espiritual, conforme disserta o evangelista João, em 4:24 e confirma Karl Barth, teólogo neo-ortodoxo.

Mas, para toda a criação, existe a necessidade-urgência da restauração do equilíbrio, qual seja físico, mental, espiritual, portanto Gênesis estabelece princípio para a humanidade, tendo o próprio Deus como exemplo.
Pois bem, prezados leitores, na perspectiva do (des)equilíbrio é que este colunista, Edgar Talevi de Oliveira, agora aos 42 anos, veio a perder-se completamente em uma enfermidade potencialmente grave, e que já causou óbito em não poucas pessoas.

Pelo uso de um medicamento anticonvulsionante a mim prescrito por um excelente profissional da saúde, meu organismo teve alto grau de intoxicação (fígado comprometido em todos os exames laboratoriais, pele “tatuada” de alergia, linfonodos aparecendo na região da garganta, dores nos ossos e músculos e a incerteza e o medo do que viria a acontecer).

Ressalto que o profissional (psiquiatra) é deveras ótimo profissional, atualizado e perspicaz. Não há culpa alguma na prescrição que me fez. O medicamento a que me refiro é indicado para meu caso em tratamento. Nem o psiquiatra, tampouco eu poderíamos saber que haveria em meu organismo tamanha rejeição à droga.

Mas, neste contexto, foi desencadeado em mim um momento de total erupção da fragilidade do humano e da perplexidade da finitude da vida. Entretanto, sem nenhuma coincidência, fui direcionado a uma pessoa humana, de riso fácil, segura de seu know-how, atualizada, gentil e, acima de tudo, ao extremo profissional.

Revelo, em homenagem, a doutora dermatologista Vanessa Gdla. Busquei por uma consulta com ela no hospital em que ela atende. De imediato, na anamnese, foi-me diagnosticada a necessidade de suspender por completo o medicamento causador do transtorno.

Doutora Vanessa Gdla, com enorme experiência e tato profissional, então, narrou-me que se tratava de uma Síndrome, cujo nome é DRESS. O perigo estava à minha frente. O fígado poderia piorar, os órgãos colapsarem e, por fim, a pele descamar, formando bolhas, levando-me ao risco real de morte.

Permitam-me, prezados leitores, dizer que este colunista, além de formado em Teologia, é crente – no sentido real e conotativo do termo, ou seja, crê no divino transcendente – Deus -, motivo pelo qual senti-me nas mãos dAquele que pode todas as coisas. Não se trata de religião, mas de uma noção clara de que a vida não é sem sentido.

Foi posto a mim o tratamento necessário, prescrito e seguido de perto pela doutora Vanessa. Foram várias consultas e diversos exames. Aos poucos meu organismo foi se regenerando.

Resumo: Recebi alta. A vida me deu outra chance. Deus permitiu nova aurora dentro de mim. Doutora Vanessa Gdla mostrou a capacidade que a medicina tem de se humanizar. A ela, meu muito obrigado!

Deus fez o que nenhum médico poderia fazer – a cura e o livramento. SOLI DEO GLORIA!

Este colunista sabe do desafio de abrir a vida ao público, mas conhece a necessidade de muitos que, por uma razão ou por outra, estão “desabrigados” de fé e esperança.

Ora, se alguém que me lê hoje se encontra sem esperança, digo: “àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos”. Efésios 3:20.

Sim. Eu creio. Eu sou prova. Deus pode fazer mais. Pode fazer tudo.

Jamais nos furtemos da razão que evidencia uma inteligência no comando do universo. E, se o universo segue regras que a força divina estabeleceu, aquilo que nos acomete também seguirá.

Não poderia encerrar esta crônica com outros versos que não os que estão em Hebreus 13:8:
“Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e o será para sempre”!

Coluna Draft

por Edgar Talevi

Edgar Talevi de Oliveira é licenciado em Letras pela UEPG. Pós-graduado em Linguística, Neuropedagogia e Educação Especial. Bacharel e Mestre em Teologia. Atualmente Professor do Quadro Próprio do Magistério da Rede Pública do Paraná, na disciplina de Língua Portuguesa. Começou carreira como docente em Produção de texto e Gramática, em 2005, em diversos cursos pré-vestibulares da região, bem como possui experiência em docência no Ensino Superior em instituições privadas de Ensino de Ponta Grossa. É revisor de textos e autor do livro “Domine a Língua – o novo acordo ortográfico de um jeito simples”, em parceria com o professor Pablo Alex Laroca Gomes. Também autor do livro "Sintaxe à Vontade: crônicas sobre a Língua Portuguesa". Membro da Academia Ponta-grossense de Letras e Artes. Ao longo de sua carreira no magistério, coordenou inúmeros projetos pedagógicos, tais como Júri Simulado, Semana Literária dentre outros. Como articulista, teve seus textos publicados em jornais impressos e eletrônicos, sempre com posicionamentos relevantes e de caráter democrático, prezando pela ética, pluralidade de ideias e valores republicanos.