Quem nunca saiu de uma festa sem se despedir, procurando não ser observado, às escondidas? Parece que tudo fica mais fácil quando não temos que dar satisfação, não é mesmo?
A expressão que nomeia esta crônica tem suas origens na França. Ela pode ter sua gênese no costume francês ou na expressão ‘saída franca’, indicando mercadorias sem impostos, que não precisam ser conferidas. Como os franceses não concordam com a ideia e primam pela etiqueta, mudaram a frase para “Sair à inglesa”.
Com a explicação acima fomos “Salvos pelo gongo”. Isso representa que nos livramos de um constrangimento ou de um perigo no último instante. É claro que se trata de uma brincadeira, mas o sentido é exatamente este: ser salvo de perigo iminente.
A origem da expressão aqui elencada é inglesa e surgiu da ideia de, em um enterro, ao fechar os caixões, amarrar uma tira no pulso do defunto, tira essa que passava por um buraco no caixão e ficava amarrada a um sino. Caso o defunto acordasse, movimentaria o braço fazendo um sino tocar. Assim, ele seria “Saved by the bell”, ou “Salvo pelo gongo”.
São tantas expressões que até parecem “Farinha do mesmo saco”. Opa! Estamos diante de mais uma das mais ilustres frases de efeito que usamos no dia a dia.
O país de origem parece ser Itália ou França e o significado é o de algo ser de mesma natureza, equivaler-se (coisas ou pessoas).
A frase supracitada, que tem o fim de desmascarar pessoas que fingem ser o que não são, teve sua origem na metáfora que compara os homens ao trigo e seus derivados. A farinha de boa qualidade é posta em sacos separados para não ser confundida com a de qualidade maior.
Para finalizar nossa crônica desta quarta-feira, despeçamo-nos com uma expressão brasileiríssima: “Sem lenço nem documento”. Seu significado é o de não possuir nenhum compromisso.
Segundo o professor Alexandre Rangel, o lenço nos remete aos valores afetivos e os documentos aos valores morais. Isso foi, de certa forma, retratado nos versos de Caetano Veloso, na música Alegria, alegria:
“Caminhando contra o vento
Sem lenço e sem documento (…)”
E, depois de Caetanear, seria difícil encerrar esta crônica com outros versos que não fossem os de sua autoria:
“Gosto do Pessoa na pessoa
Da rosa na Rosa
E sei que a poesia está para a prosa”