Todos estamos expostos a intempéries na vida. O diferencial será o que faremos com as oportunidades que surgem nas dificuldades. Mas, entrando no universo da gramática, também encontramos certos hábitos indigestos no dia a dia. Agora, vejamos como resolvê-los.
Primeiramente, cuidado ao expor as palavras de modo inadequado, tais como o próprio verbo ‘expor’. Quando se trata de exposição ao Sol, por exemplo, será sempre ‘exposição ao Sol’, não ‘no Sol’, pois ninguém estará ‘no’ local chamado Sol. Fácil, não é mesmo?
Outro detalhe que passa despercebido na fala e na escrita é o uso do verbo ‘dormir’ quando acompanhado do substantivo ‘volante’. Jamais durma ‘ao volante’, até porque ‘no’ volante seria, tecnicamente, muito difícil, a não ser que o volante tenha um tamanho que permita que se deite sobre ele.
Aqui encontramos o verbo ‘encontrar’. De modo geral, o verbo encontrar é fato acidental: “Paulo encontrou o amigo” (acidentalmente). Pelo contrário, quando se tratar de encontro agendado, será acompanhado de preposição ‘com’: “Paulo encontrou-se com o amigo”.
Semelhante dúvida ocorre com o verbo ‘esquecer’. Este verbo, via de regra, não rege preposição, portanto usemos assim: “Ele esqueceu o antigo amor”.
Ainda achamos equívocos no uso do verbo ‘morar’. Há pessoas que grafam ‘moro na rua X’, outras ‘moro à rua X’. Afinal, qual a forma correta? Acertou quem pensou na primeira assertiva, pois quem mora, mora ‘em’ algum local. Assim: “Maria mora na rua das Orquídeas”.
Iniciemos nossa semana com a frase de Teresa Teth:
“As feridas da Língua Portuguesa vão se abrindo lentamente toda vez que violentamos sua ortografia!”