Germano Krüger, filho de imigrantes alemães que chegaram ao Brasil no início do século XX, construiu uma carreira notável no setor ferroviário e deixou um legado duradouro no futebol de Ponta Grossa. Contratado na década de 1920 pela Companhia de Estrada de Ferro São Paulo-Rio Grande, Krüger desempenhou papéis cruciais como chefe das oficinas de reparação e chefe de locomoção.

Um de seus projetos mais significativos foi a finalização da Locomotiva 250 em 1940, uma obra inicialmente concebida por seu pai, Ewaldo Krüger. Esta locomotiva, que serviu por mais de 30 anos nas obras da Estrada de Ferro Central do Paraná, tornou-se um símbolo da engenharia ferroviária da região.

Entretanto, foi no âmbito esportivo que Germano Krüger deixou sua marca mais duradoura. Como entusiasta do futebol e visionário, ele liderou o projeto de realocação do estádio do Operário Ferroviário, clube fundado em 1912. O novo estádio, cuja construção começou na década de 1930, foi inaugurado em outubro de 1941 com o nome de Estádio de Vila Oficinas do Operário Ferroviário.

O estádio, que posteriormente receberia o nome de Germano Krüger em homenagem ao seu idealizador, tornou-se um marco na história do futebol paranaense. Com capacidade atual para 10.632 espectadores, o Germano Krüger já registrou um público recorde de 18.562 pagantes em uma partida contra o Coritiba Foot Ball Club em 1975.

Além de seu papel na construção do estádio, Krüger também presidiu o Operário Ferroviário em três ocasiões, solidificando ainda mais sua ligação com o clube. Sua contribuição para o desenvolvimento do futebol em Ponta Grossa é lembrada até hoje, com o estádio servindo como um testemunho duradouro de seu legado.

O Operário Ferroviário, hoje conhecido como “O Fantasma”, continua a honrar a memória de Germano Krüger, mantendo-se como uma força significativa no futebol paranaense e nacional, com conquistas importantes como o título do Campeonato Paranaense em 2015 e os títulos das Séries D e C do Campeonato Brasileiro em 2017 e 2018, respectivamente.