Desde os tempos remotos em que este chão cobria-se de relva e apresentava constituição pouco firmada, seja em delimitação e/ou independência, nossos Campos Gerais foram o palco onde transitaram nobres, artistas e escritores. Ainda que a passagem de alguns permaneça incerta, perdida na distância do passado, outros, por sua vez, deixaram registros de sua trajetória, por meio de relatos escritos que nos dão a certeza de sua presença histórica nos caminhos desta terra.
Alfredo d’Escragnolle Taunay, popularmente conhecido como Visconde de Taunay, foi um nobre e escritor, que, além de consolidar-se enquanto literato por meio das suas obras majestosas, percorreu as paisagens dos Campos Gerais, descrevendo, posteriormente, num relato muito verossímil, toda a composição do cenário, onde se destacavam as frondosas araucárias.
Pouco a pouco, é possível construir imagens do passado, presente nos relatos e na poesia de personagens que consolidam nossa história. Vemos os Campos Gerais nos relatos de Taunay e também não deixamos de lembrar do magnífico pôr do sol, nos versos de Anita Philipovsky.
Vivemos em um pedaço poético de belezas em toda sua extensão.
Quando admiramos a coloração do céu, a disposição das árvores e de todos os elementos deste cenário divino, onde os campos estendem-se em colinas de um verde vibrante que se dissolve em outras tonalidades, trazemos aos olhos a admiração que transcende os tempos, deslocando-se dos olhos do poeta e chegando também aos nossos.
Ainda que o tempo mude tudo, podemos afirmar que há algo que nunca mudará: esta admiração ante nossas belezas.