Sábado, 27 de Julho de 2024

51º Fenata: “É o momento que a cidade respira teatro”, diz diretor de assuntos culturais da Proex; programação segue até quinta (9)

2023-11-06 às 11:58
Foto: D’Ponta News

O Diretor de Assuntos Culturais da Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Culturais (Proex) da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Nelson Silva Júnior, foi um dos entrevistados no programa Manhã Total, apresentado por João Barbiero, na Rádio Lagoa Dourada FM (105,3 para Ponta Grossa e região e 92,9 para Telêmaco Borba), nesta segunda-feira (06) e contou sobre o Festival Nacional de Teatro (Fenata) que iniciou no último dia três e vai até quinta-feira (09).

Leia os principais pontos da entrevista:

A história
O Fenata, que está na na sua 51ª edição, é um dos mais importantes festivais de teatro do país, diz Nelson. O festival foi fundado em 1973, dentro da UEPG pelo grupo de teatro universitário, com direção de Telmo Faria, e inicialmente recebeu o nome de Festival Nacional de Teatro Amador, mas posteriormente foi retirada a palavra ‘Amador’ pela qualidade das peças teatrais. “Ele tem sido até hoje uma referência. Muitas pessoas que hoje estão no cenário nacional, tiveram sua estreia e passagem pelo Fenata”, conta ele.

Neste ano, o festival comemora 50 anos e o diretor declara que em todas as edições foi possível conquistar uma formação de público, de técnicos, de atores, diretores e produtores das artes cênicas. “Ele tem um papel importante, não só para a cidade, mas nacionalmente ele é conhecido. Quando se fala com um grupo de teatro de qualquer lugar do Brasil sobre o festival, eles já ouviram falar do Fenata”, assinala Nelson.

Mudanças e planejamento
O diretor de assuntos culturais conta que o festival é pensado o ano todo; assistindo os espetáculos apresentados, a organização já começa a pensar no ano seguinte. Após apresentações de palhaços no festival do ano passado, e sendo uma característica forte na cidade, a organização trouxe para este ano a palhaçaria como um dos temas principais.

A partir deste ano, começa um novo ciclo, conta Silva. Os espetáculos neste ano deixaram de ser competitivos. Devido às diferenças entre os temas, classificação de idade indicativa, escolha dos jurados, tornava-se difícil fazer uma comparação entre as apresentações; portanto não há mais premiações para as melhores, apenas a apreciação. “Não há o melhor ou pior, são espetáculos diferentes”, declara.

Todas as peças incluídas na programação passaram por uma curadoria, constituída por especialistas da organização e de fora da cidade. Nelson ainda comenta que as 40 apresentações selecionadas neste ano já receberam um prêmio, simplesmente pelo fato de estarem no festival, pois neste ano foram recebidas cerca de 160 inscrições.

Movimenta a cidade e a economia
As mostras não acontecem apenas nos palcos, mas toda a cidade é envolvida. Neste ano, por exemplo, o Lago de Olarias recebeu a partir do dia 26 de outubro, 16 peças teatrais apresentadas na Carreta do Serviço Social da Indústria (Sesi). Um cortejo de palhaços também movimentou as ruas do Centro de Ponta Grossa no dia 28, além de peças que acontecem dentro das escolas municipais durante todo o festival. “É o momento que a cidade respira teatro (…) o Fenata está espalhado pela cidade”, declara o diretor.

Sobre a economia trazida pelo festival para a cidade de Ponta Grossa, Nelson diz que é bastante significativa, pois muitas pessoas vêm de fora e além de estarem presentes nas peças, querem conhecer a cidade, além de consumir produtos e serviços locais, o que movimenta os setores.

Clique aqui e confira a programação completa do Fenata

Confira a entrevista na íntegra: