Nesta terça-feira (31), Bruno Madalozzo, coordenador geral da Organização Não Governamental (ONG) Doutores Palhaços SOS Alegria, esteve no programa Manhã Total, apresentado por João Barbiero, na Rádio Lagoa Dourada FM (105,3 para Ponta Grossa e região e 92,9 para Telêmaco Borba), falando sobre ‘palhaçaria’ no 51º Festival Nacional de Teatro Amador (Fenata), organizado pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG).

Leia os principais pontos da entrevista:

A ONG
Ele conta que após a pandemia, o trabalho da ONG voltou de forma expressiva na cidade e neste ano formou-se uma turma com grande número de pessoas envolvidas no projeto, contando com 55 voluntários, que atua em hospitais e instituições levando alegria às pessoas que estão em tratamento e às equipes de saúde.

Sobre a figura do palhaço, Bruno diz que ela se conecta com as pessoas devido à fragilidade. “Tudo que o palhaço busca nesse momento não é o sorriso, como muitas pessoas pensam. Eles buscam essa conexão verdadeira, onde possa ter troca de experiência e isso acaba levando ao riso”, diz Bruno. E continua. “É incrível! Quando você se sente bem, porque alguém te entende, porque alguém se conecta com você, a primeira atitude que você tem é sorrir para ela”, declara.

Bruno fala sobre a relação com os pacientes. “Eu falo ‘troca’ porque não é algo que eu dou, porque ao mesmo tempo que eu dou, eu recebo”, afirma. Ele diz que para as pessoas que estão no hospital não existem diferenças financeiras, as Unidades de Terapias Intensivas (UTIs) são as mesmas para todos.

Falta de reconhecimento
Bruno Madalozzo ainda conta que para os voluntários da ONG há um preparo totalmente diferente do palhaço convencional, que muitas vezes até assusta as crianças, para que possam fazer a sua arte dentro dos hospitais e também de algumas empresas. Além disso, ele também relembra que a equipe sofreu julgamentos, não só na questão profissional, mas como artistas. “A própria classe artística dizia (…) ‘eles não são artistas'”, expõe Bruno, declarando que são vistos apenas como uma ação social e conta que ele e sua esposa, além do trabalho que exercem nos hospitais, são artistas profissionais.

O festival
Sobre o Fenata, Bruno diz que uma das pontas de sustentação do festival nesse ano é a palhaçaria; os espetáculos principais desse ano são feitos por palhaços e inclusive receberá a apresentação de um dos maiores palhaços do mundo, Chacovachi. “Tem pelo menos um espetáculo de palhaçaria por dia no Fenata”, declara.

Ele conta que no último sábado (28) foi realizado um cortejo de palhaços pelo centro da cidade, divulgando o festival que acontecerá até o dia 09 de novembro. Confira a programação completa do Fenata AQUI.

Veja a entrevista na íntegra: