Recentemente, o jornalista, professor universitário e pesquisador, Rafael Kondlatsch, lançou o livro “Gatekeeping no século XXI – o controle sobre a informação em tempos de redes sociais”. A obra, disponível em formato digital, aproxima o passado e presente com o resgate da Teoria do Gatekeeping e um estudo de grupos do Facebook nas eleições presidenciais de 2018.
A publicação deriva da tese de doutorado defendida por Kondlatsch em 2019, na Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP). “Eu queria transformar ela em livro desde que foi aprovada, inclusive um dos membros da banca, o professor José Carlos Fernandes, da UFPR, me disse que eu deveria fazer isso porque havia totais condições”, relembra o professor que, com o auxílio da PPGCom da Faculdade de Arquitetura Artes e Comunicação (FAAC) da Unesp, que pagou a editoração e processo para ISBN, conseguiu dar vida ao projeto.
Da tese para o livro, Rafael atualizou estudos internacionais, como Digital News Report, que é publicado anualmente pela Universidade de Oxford em parceria com o Reuters Institute. Ele também ajustou a estrutura, com mudança de capítulos, resumo do conteúdo e alteração do texto para uma linguagem menos acadêmica e mais acessível para qualquer público.
A obra é dividida em duas partes. Na primeira o autor apresenta conceitos teóricos de Jornalismo e redes sociais na internet e faz um resgate histórico da Teoria do Gatekeeping, desde a origem até a aplicação nas pesquisas envolvendo o Jornalismo dos dias atuais.
“Esse livro é importante porque pela primeira vez se tem em língua portuguesa a representação na íntegra das tabelas originais do estudo do Gatekeeping de 1950. Estudo feito por David Manning White e que deu origem a uma teoria do jornalismo. Eu fui buscar o artigo original publicado por ele e trouxe isso para facilitar que novas pesquisas possam usar esse material”, explica Kondlatsch.
A segunda parte trata da pesquisa empírica desenvolvida em grupos do Facebook durante o segundo turno das eleições presenciais de 2018. Por meio da análise dos dados coletados, são discutidos os conceitos apresentados anteriormente com objetivo de atualizar e trazer novas perspectivas a serem pensadas sobre o uso de notícias na busca por capital social, influência nas redes sociais e como ferramenta de convencimento político, entre outros.
Apesar de tratar de uma das principais teorias do jornalismo, é uma leitura válida para qualquer público. “É um livro direcionado a profissionais e estudantes de jornalismo, mas que pode ser lido por quem tiver curiosidade. Tenho amigos que não são da área que estão lendo e me dando retornos bem positivos’, conta o escritor. Para acessar o link do livro clique aqui.
O autor
Rafael Kondlatsch é graduado em jornalismo pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), mestre em Comunicação Midiática pela Unesp e doutor em Comunicação também pela Unesp. Já atuou no jornalismo impresso, de rádio e internet, além de assessoria de imprensa nos setores público e privado.
Foi professor colaborador (temporário) da UEPG e desde 2016 leciona no curso de bacharelado em Jornalismo da UniSecal. Também é diretor da regional Sul 1 da Associação Brasileira de Ensino de Jornalismo (Abej).