Dos mais simples aos mais inimagináveis: Seção achados e perdidos da rodoviária de Ponta Grossa conta com diversos objetos.
Por Matheus Fanchin
A chamada ‘seção achados e perdidos’ é algo comum em locais onde a presença e rotatividade de público é alta. E na rodoviária de Ponta Grossa não é diferente. Composta por adornos, documentos, carteiras e objetos dos mais comuns aos mais insólitos, o local reservado aos ‘achados e perdidos’ ganha forma. Porém, o que muita gente desconhece é como e onde são encontrados e armazenados tais pertences.
Variedade que impressiona
Em um sistema computadorizado ficam todos os registros de achados e perdidos da rodoviária desde o ano de 2013. Acredita-se que cerca de 70% das pessoas retornam para buscar os pertences, destes, os mais variados possíveis. Celulares, guarda-chuvas e documentos estão no topo da lista que conta também com carteiras, capas de chuva, carregadores, pen drives, óculos de grau e de sol, cartões de banco, cobertores, blusas, travesseiros, pacotes de comida e sacolas contendo objetos de todo tipo. Um detalhe importante para quem for fazer a retirada do pertence esquecido: É necessário assinar um comprovante certificando que foi feita a retirada do objeto.
Faxineiras são as que mais encontram acessórios
Diversos objetos são esquecidos no banheiro da rodoviária, principalmente anéis, óculos, pulseiras e brincos. As faxineiras são as que mais encontram estes tipos de adorno. Tudo vai diretamente para a coordenação do local e posteriormente é encaminhado a uma sala no piso superior onde tudo encontrado fica armazenado.
Caixa de peixe chamou atenção
Ao adentrar o Terminal Rodoviário da cidade, logo percebe-se um canto vago no meio dos guichês das companhias de viagem. Ali está o balcão da coordenação para informações aos usuários, entre as quais, os achados e perdidos do local. O assistente administrativo do Terminal Rodoviário, Antonio Cesar Burnat, conta o caso mais raro que viu nestes quase 10 anos de trabalho no local. “Há cerca de dois anos aconteceu o caso mais raro que vi até hoje: Uma caixa de peixes esquecida aqui”, conta Burnat. Ele relata a cena com clareza, como se estivesse no momento do fato. “Fiquei sabendo que era de um rapaz que veio de Santa Catarina e desembarcou na cidade. Quando eu percebi havia uma caixa cheia de peixes, algo perto de 30kg que estava largada em um canto. A única coisa que foi possível fazer foi jogar fora, já que o dono nunca apareceu”, diverte-se Antonio.
Doações para assistência social
Após três meses, o que não foi retirado e puder ser aproveitado é doado para a Fundação de Assistência Social de Ponta Grossa. É o caso por exemplos das comidas em bom estado, cobertores, travesseiros, roupas e até dinheiro. Vale ressaltar que caso o dinheiro não tenha dono, após os três meses, o mesmo é transferido para uma conta da Fundação de Assistência Social, onde será usado para trabalhos futuros.
Imagens: Matheus Fanchin
Confira algumas fotos: