Quarta-feira, 27 de Agosto de 2025

Batizado termina em denúncia após padre evitar dizer nome da criança; veja

2025-08-27 às 14:46
Reprodução redes sociais

Uma família acusa um padre de discriminação durante o batizado da filha em uma paróquia do Leblon, na Zona Sul do Rio de Janeiro. O caso gerou registro de ocorrência policial e está sob investigação da Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi).

Segundo informações da CNN, a cerimônia ocorreu na Paróquia Santos Anjos e envolveu a menina Yaminah. O nome tem origem árabe, derivado de ‘Yameen’ , que significa prosperidade e justiça. Os pais, David Fernandes e Marcelle Turan, relatam que cumpriram todas as exigências da igreja, entregaram a documentação solicitada e participaram do curso para pais e padrinhos. Mesmo assim, durante a celebração, o sacerdote teria se recusado a pronunciar o nome da criança.

De acordo com testemunhas, o padre se referiu a Yaminah apenas como “criança”. Em determinado momento, uma tia interveio, corrigindo: “Criança não, é Yaminah”. O religioso respondeu que estava seguindo o rito oficial e chegou a sugerir que fosse utilizado o nome “Maria”, por ser de origem cristã.

O momento de maior incômodo ocorreu durante o batismo com água, quando, segundo os familiares, o sacerdote deveria ter pronunciado a frase tradicional “Eu te batizo, [nome da criança]”. No entanto, isso não aconteceu. A defesa da família afirma ter reunido vídeos de outros batizados na mesma paróquia em que os nomes das crianças foram citados normalmente.

O caso segue em apuração, com o inquérito correndo sob sigilo.