Domingo, 13 de Outubro de 2024

Relógio do Juízo Final coloca humanidade a ‘90 segundos’ do fim do mundo

2024-01-24 às 11:36
Foto: Anna Moneymaker/Getty Images

A humanidade segue neste ano no ponto mais próximo da sua autoaniquilação, segundo o Relógio do Juízo Final – uma ferramenta criada por cientistas para aferir e alertar a sociedade sobre o risco do apocalipse, representada pela meia-noite.

Como ocorre uma vez por ano, o relógio foi atualizado nesta terça-feira (23/1), e os ponteiros marcam 90 segundos para a meia-noite, exatamente a mesma marca que no ano passado, e a pior da história do relógio.

O relógio foi desenvolvido pelo Boletim dos Cientistas Atômicos logo após o final da Segunda Guerra Mundial, e é uma “metáfora de quão perto a humanidade está da autoaniquilação”. Durante os três anos da pandemia de Covid-19, ele permaneceu estável em 100 segundos para a meia-noite.

No anúncio desta terça, o Boletim dos Cientistas Atômicos mencionou como principais riscos a continuidade da guerra na Ucrânia, o ataque do Hamas contra Israel e a guerra em Gaza, o fato de países com armas nucleares estarem modernizando seus arsenais e arriscando uma nova corrida armamentista, o aquecimento global e falta de ação para combatê-lo e riscos da inteligência artificial.

O que é o Relógio do Juízo Final?

Albert Einstein, J. Robert Oppenheimer e outros cientistas que trabalharam no Projeto Manhattan – o programa ultrassecreto de armas nucleares que resultou no lançamento de duas bombas atômicas pelos Estados Unidos (EUA) no Japão – fundaram o Boletim em 1945 em Chicago.

Dois anos depois, eles inventaram o Relógio do Juízo Final. Naquela época, as armas nucleares eram consideradas a maior ameaça à humanidade.

Originalmente fixado em sete minutos para a meia-noite, o mais distante que o relógio esteve do apocalipse foi a 17 minutos para a meia-noite, após o fim da Guerra Fria em 1991.

O Conselho de Ciência e Segurança do Boletim analisa diversos dados para formar uma percepção da gravidade das ameaças globais atuais e decidir o quão perto estamos do fim.

Apesar de ele ter sido criado para alertar sobre a ameaça representada pelas armas nucleares, desde o início dos anos 2000 ele também leva em conta os riscos que as mudanças climáticas e tecnologias disruptivas, como a inteligência artificial, representam para a sociedade.

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