Sábado, 26 de Abril de 2025

Solidão afeta saúde mental dos animais, alerta médica veterinária

Falta de companhia pode causar ansiedade, depressão e até acidentes graves em pets deixados sozinhos por longos períodos
2025-04-07 às 15:09
Freepik

Atualmente, o Brasil possui a terceira maior população pet do mundo, com cerca de 150 a 160 milhões de animais. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), os cães lideram em número, com aproximadamente 60 milhões, seguidos por aves (40 milhões), gatos (30 milhões) e peixes ornamentais (20 milhões). Os dados refletem a importância dos animais de estimação nas famílias brasileiras.

Adoções na pandemia e solidão no pós-isolamento
A pandemia de Covid-19 teve impacto direto no aumento da população pet nos lares brasileiros. A pesquisa Radar Pet, realizada em 2021, apontou um crescimento de 30% no número de animais durante o isolamento social, impulsionado pela busca por companhia em um momento de distanciamento humano.

Com o fim da pandemia e a volta às rotinas presenciais de trabalho e estudo, muitos tutores passaram a deixar os animais sozinhos por longas horas. A situação se agrava quando se considera que 11% dos brasileiros enfrentam jornadas superiores a 48 horas semanais, segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Viagens e longas ausências
Além da rotina diária, muitos tutores também precisam lidar com viagens prolongadas, seja por motivos profissionais ou pessoais. Nesses períodos, é comum deixar os pets em casa sob os cuidados de amigos ou vizinhos que apenas passam para alimentá-los. No entanto, essa prática pode não ser suficiente.

“A solidão continua presente, e o risco de acidentes é real”, alerta a médica veterinária e proprietária da hospedagem PlayPet PG, Amanda Eirin Cancela (CRMV/PR 24845). “Já vi casos em que o pet tentou escapar, ficou preso na coleira e, infelizmente, perdeu a vida.” Diante disso, Amanda recomenda a busca por hotéis especializados ou serviços com supervisão profissional.

Comportamentos causados pela solidão
Mudanças bruscas na rotina e ausência prolongada dos tutores podem afetar a saúde física e mental dos animais. “Quando a pessoa deixa de trabalhar em casa e passa a ficar o dia todo fora, o pet sente essa mudança com intensidade”, afirma Amanda.

Entre os principais sinais de sofrimento estão comportamentos como lambedura excessiva das patas, destruição de objetos, latidos constantes, apatia ou hiperatividade. “Eles podem desenvolver quadros de ansiedade, depressão e até automutilação”, explica. Outros sintomas incluem falta ou excesso de apetite, insônia ou sono excessivo.

Enriquecimento ambiental e hotéis como alternativa
Para minimizar os efeitos da solidão, uma das estratégias indicadas é o enriquecimento ambiental, que estimula o animal durante a ausência do tutor. “Brinquedos interativos, petiscos escondidos e atividades que desafiem o pet mentalmente ajudam bastante”, orienta a veterinária.

Outra solução que tem ganhado espaço é a hospedagem em hotéis especializados para pets, que oferecem muito mais do que simples estadia. “A socialização com outros animais, o gasto de energia e os estímulos mentais são essenciais para o bem-estar deles. Isso evita o tédio e a solidão”, destaca Amanda.

PlayPet PG
Na PlayPet PG, localizada em Ponta Grossa, a proposta é unir conforto, diversão e segurança. “Na hospedagem o animal tem acesso à piscina em dias quentes, passeios e brincadeiras durante todo o dia, sem uso de baias, além de suporte veterinário 24 horas”, explica Amanda.

Outro diferencial da hospedagem é a comunicação constante com os tutores. “Eles recebem fotos e vídeos em tempo real. Trabalhamos com número reduzido de hóspedes justamente para garantir um atendimento individualizado e de qualidade”, completa.

Entre em contato
Para agendar uma visita à PlayPet PG ou hospedar seu animal, basta entrar em contato pelo telefone (42) 9 3300-1719 ou acompanhar o perfil nas redes sociais, no Instagram e Facebook.

Por Camila Souza.