A Câmara Municipal de Curitiba rejeitou, na terça-feira (11 de março), a proposta de conceder o título de Vulto Emérito ao ator Alexandre Nero. A votação resultou em 23 votos contrários, sete favoráveis e duas abstenções. O projeto, apresentado pela vereadora Giorgia Prates (PT), visava reconhecer a contribuição de Nero para a cultura e o desenvolvimento de Curitiba, destacando sua trajetória artística e a criação da Associação dos Compositores do município.
O principal motivo da rejeição foi uma declaração do ator nas redes sociais, na qual ele afirmou que o fascismo é a “cara da classe média curitibana”. O vereador João Bettega (União) ressaltou essa crítica, argumentando que não seria apropriado homenagear alguém que “xinga” os curitibanos. Outros vereadores, como Bruno Secco (PMB) e Guilherme Kilter (Novo), também criticaram publicações polêmicas do ator, incluindo alusões à zoofilia e gordofobia.
Giorgia Prates defendeu a proposta, destacando a importância do trabalho artístico de Alexandre Nero e sua contribuição para a cultura brasileira. Ela argumentou que o reconhecimento deveria ser baseado em sua carreira, e não em suas opiniões nas redes sociais.