O ilustrador digital e fotógrafo Gustavo Simões viralizou nas redes sociais ao apresentar uma versão distópica de Curitiba inspirada no universo de “The Last of Us”. Utilizando suas próprias fotografias da capital paranaense, Gustavo recorreu à inteligência artificial para transformar pontos turísticos emblemáticos em cenários pós-apocalípticos, dominados por vegetação selvagem e fungos gigantes, remetendo ao clima sombrio da série e do jogo que retratam um mundo devastado por uma pandemia fúngica.
Entre as imagens mais impactantes estão o Jardim Botânico, completamente tomado por plantas, e o Museu Oscar Niemeyer (MON), coberto por enormes fungos. Outros marcos da cidade, como o Parque Tanguá, a Torre Panorâmica e a Catedral Basílica de Curitiba, também ganharam versões abandonadas e cobertas por uma floresta densa, reforçando a atmosfera de abandono e transformação da paisagem urbana.
O processo criativo de Gustavo vai além do uso da IA: ele detalha que mistura seu olhar fotográfico com descrições minuciosas dos locais para orientar a inteligência artificial, além de realizar edições posteriores para garantir o resultado desejado. “Não é simplesmente só usar a inteligência artificial, mas misturar o trabalho que eu tenho de fotógrafo também”, explicou o artista ao G1.
A inspiração para o projeto veio tanto da franquia “The Last of Us” quanto do documentário “O Mundo sem Ninguém”, que especula como seria a Terra sem a presença humana. O resultado chamou atenção do público, gerando comentários bem-humorados sobre o clima úmido de Curitiba e o realismo das imagens, que rapidamente se espalharam pelas redes sociais.
Além de Curitiba, Gustavo já aplicou a mesma técnica em outras cidades brasileiras, como Belo Horizonte, sua terra natal, sempre buscando unir arte, tecnologia e reflexão sobre o futuro das cidades. As imagens podem ser conferidas nos perfis do artista e em reportagens que destacam o impacto visual e a criatividade do projeto.