Uma pesquisa contratada pela Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Paraná (Faciap) mostra que após um longo período de instabilidade econômica em função da Pandemia de Covid-19, o comércio paranaense começa a dar sinais positivos e planeja ações para consolidar a retomada com maior força do mercado.
Dos 385 comerciantes ouvidos, entre os dias 03 e 08 de setembro, nas cidades de Curitiba, Londrina, Maringá, Cascavel, Guarapuava, Ponta Grossa e Francisco Beltrão, 31% expandiram seus negócios durante a pandemia. As duas cidades que se destacaram foram Cascavel, onde 54,55% promoveram avanços e Ponta Grossa, em que o número foi de 45,16%. Em Curitiba, o percentual chegou a 30,23%.
Outro número significativo é que, ainda neste ano, 37% das empresas ampliarão seus quadros de funcionários. Em Ponta Grossa 35.48% dos lojistas consultados informaram que pretendem ampliar o número de funcionários nos próximos meses, de forma efetiva ou temporária. Além disso, a consolidação de uma retomada é evidente, já que 70% das empresas do varejo estão com o mesmo número de funcionários que possuíam antes da pandemia.
Inovação foi essencial para sustentar negócio
A necessidade de inovar foi um marco desse período. Com as mudanças impostas pela pandemia, os empresários tiveram que buscar alternativas para manter suas vendas e o comércio online foi o caminho mais utilizado.
– 80,05% implantaram pagamento via Pix ou por outros meios digitais;
– 73,32% passaram apostar na divulgação em redes sociais;
– 48,96% implantaram serviço de entrega;
Apesar da mudança para o home office por boa parte das empresas, no comércio apenas 30,57% saíram do modelo de trabalho presencial para remoto ou híbrido. “O comércio tem algumas peculiaridades e nem todos os trabalhadores puderam trabalhar em casa. Pela natureza do setor, foi a mudança que menos ocorreu”, afirma Fernando Moraes, presidente da Faciap.
Também é importante destacar a mudança no modo de venda, por conta dos diversos decretos que impediram os comércios de funcionar. Dos entrevistados, 69,43% ainda apostam em meios tradicionais como o telefone, entretanto, 69,17% passaram a vender pelo WhatsApp; enquanto 50% por e-mail. Já o modo de divulgação, quando segmentado, mostra que 84,20% começaram a utilizar o WhatsApp; 77,46% o Facebook e 70,98% o Instagram. “Os comerciantes aderiram às alternativas para manterem as portas abertas. A necessidade de receber por meio digitais e estar presente nas redes sociais fez com que mudanças fossem adotadas”, diz Fernando.
Expansão dos negócios
Com o avanço da vacinação e algumas incertezas econômicas ficando para trás, comerciantes demonstram o desejo de expandir seus negócios. Entre os entrevistados, 62% pretendem ampliá-los de alguma forma. Destes, 29% vão aumentar o estoque ou leque de serviços; 22% pretendem reformar estruturas e abrir nova unidade e 11% pretendem ampliar o número de funcionários.
Linhas de crédito
Só que para viabilizar essas ações, empresários fazem um apelo para que o poder público e órgãos competentes tomem providências em prol do setor. Cerca de 43% pedem linhas de crédito facilitadas, 37% reivindicam auxílio com impostos através de reduções ou parcelamentos e 36% solicitam a revisão das regras de distanciamento social. “Temos uma grande fatia de empresários que, apesar de estarem cautelosos nas contratações vão ampliar os seus negócios de alguma maneira. Mas para isso, é preciso que sejam criadas linhas de crédito facilitadas, impostos diferenciados, e principalmente, a revisão nas regras de distanciamento social, levando-se em conta o avanço da vacinação”, enfatiza Fernando.
A pesquisa foi realizada pela empresa Solucz – Soluções Inteligentes e a margem de erro é de 5%.
da assessoria