Sexta-feira, 15 de Novembro de 2024

Com greve anunciada, Prefeitura afirma que não deve subsidiar VCG para pagamento de salários

2021-03-18 às 10:12

Após a VCG anunciar que não tem condições de pagar a segunda parcela de salário dos colaboradores, prevista para dia 25 de março, e o Sintropas afirmar que devem entrar em greve se não houver pagamento, a Prefeitura de Ponta Grossa informou na manhã desta quinta-feira, 18, que não deve subsidiar a concessionária do transporte coletivo para pagamento de salário de funcionários. A Prefeitura afirma que mantém diálogo aberto e acompanha a situação e afirma que os recursos financeiros estão sendo destinados ao enfrentamento da pandemia.

Confira a nota completa

Sobre o tema, a Prefeitura de Ponta Grossa informa que mantém diálogo aberto com a concessionária de transporte coletivo e vem acompanhando a situação. Neste momento, não há previsão de nenhum tipo de subsídio à empresa, visto que os recursos financeiros estão sendo destinados prioritariamente para o enfrentamento da pandemia.  
Entenda o caso
Em nota enviada nesta quarta-feira, 17, a VCG afirma que, com a interrupção do transporte, não terá condições de pagar a segunda parcela dos salários dos colaboradores, prevista para dia 25 de março. “Fato é que tendo em vista a situação da interrupção das atividades da empresa causando equivalente impacto na receita, a VCG não terá condições de arcar com a segunda parcela dos salários dos colaboradores prevista para o próximo dia 25.”

Leia a nota na íntegra.

NOTA VCG

Recebemos com preocupação a decisão de interrupção total do serviço de transporte coletivo.

Sabemos que a situação da pandemia pelo COVID-19 é grave e exige medidas rígidas.

Estamos ainda buscando entender a extensão das repercussões e trabalhando com afinco para garantia da continuidade de nossa operação, hoje bastante ameaçada e incerta.

Tão logo tenhamos uma posição da Prefeitura a respeito de nossos serviços e, especialmente, sobre o custeio dos custos fixos, o que inclui o pagamento dos salários, informaremos a todos os colaboradores.

Fato é que tendo em vista a situação da interrupção das atividades da empresa causando equivalente impacto na receita, a VCG não terá condições de arcar com a segunda parcela dos salários dos colaboradores prevista para o próximo dia 25.

De nossa parte, estamos trabalhando para continuar operando.

A respeito das atividades de cada colaborador, esclarecemos que acordo com o Decreto Municipal, as atividades da VCG estão paralisadas do dia 18 ao dia 28, período no qual os funcionários não deverão comparecer ao trabalho.

Mais tarde,  o presidente do Sintropas, Luiz Carlos de Oliveira, o Luizão, sindicato que representa a categoria, gravou um vídeo com orientações a todos os trabalhadores do transporte coletivo.

No vídeo, Luizão afirma que foi pego de surpresa com a situação. “Notícia triste hoje. A gente não esperava. Uma situação que nos pegou de surpresa com a notificação da Viação Campos Gerais nos relatando de não ter em caixa o dinheiro para pagar o salário dos trabalhadores”, disse.

Luiz afirma que a VCG sugeriu que os trabalhadores entrassem em férias neste período de 10 dias, porém afirma que não irão acatar a sugestão. Além das férias, outra sugestão foi o banco de horas, que também não deverá ser aceita.

O presidente do Sintropas afirmou que se não houver o pagamento, a categoria não irá voltar ao trabalho no dia 29, com o fim do decreto de restrições da prefeita Elizabeth Schmidt. “Se nós não recebermos nosso salário no dia 25, que já está parcelado e estava determinado até então, dia 29 nós não vamos voltar a trabalhar. A greve ela inicia no dia 29”, afirmou.

Desde o mês de janeiro a categoria está em estado de ‘indicativo de greve’, o que permite a paralisação imediata. “Já estamos comunicando vocês, a empresa, a AMTT, a sociedade em geral que nós não vamos trabalhar sem receber nosso salário”, concluiu.

Acesse o vídeo e as reportagens completas nos links abaixo:

“Se nós não recebermos, dia 29 não voltamos a trabalhar”, afirma presidente do Sintropas

VCG afirma que não conseguirá pagar segunda parcela de salários com paralisação do transporte