há 4 horas
Carlos Solek
Deputado afirma que decisão da Câmara representa derrota para o povo brasileiro e vitória dos interesses de poderosos. Medida também trazia propostas para redução de gastos do Governo Federal
O deputado federal Aliel Machado (PV) criticou duramente a decisão da Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (08), de retirar de pauta a Medida Provisória (MP) que originalmente previa a taxação sobre casas de apostas online (“bets”), bancos e grandes fortunas, além de propor medidas para reduzir os gastos do governo federal. A proposta, que poderia gerar cerca de R$ 17 bilhões em arrecadação adicional, acabou perdendo validade após resistência de setores econômicos e de parte dos parlamentares.
Nas redes sociais, Aliel lamentou o resultado e classificou o episódio como uma derrota para a população e uma vitória dos grandes grupos econômicos. “O Congresso Nacional acaba de atender ao lobby e ao interesse das bets, dos bancos e dos bilionários. O Congresso derrubou a medida provisória que cobraria um pouco mais do andar de cima para atender ao interesse da população brasileira. Menos de 1% da população foi defendida aqui por um grupo de poderosos parlamentares contra mais de 90% dos brasileiros, que sofrem com esse tipo de ação”, afirmou Aliel.
O deputado destacou que a MP havia sido enviada pelo Governo Federal como parte do esforço para equilibrar as contas públicas e financiar programas sociais, cobrando mais dos setores que historicamente contribuem pouco em proporção aos seus lucros. “As injustiças no Brasil acontecem por causa disso. O Congresso, muitas vezes, não representa o interesse da população. Essa medida era uma forma de fazer justiça tributária, mas prevaleceu a força dos poderosos”, acrescentou.
Aliel também criticou o papel das “bets” — plataformas de apostas online —, que têm sido alvo de preocupação por seus impactos sociais, como o aumento do endividamento e casos de vício. “Aqui, deputados e deputadas preferiram defender as bets, que estão causando prejuízos inestimáveis às famílias — vícios, endividamento e sofrimento. Defenderam as bets e os bilionários para ir contra a população brasileira. Não concordamos com isso. Vamos continuar enfrentando”, concluiu.
Com o arquivamento da medida, o governo deixa de arrecadar recursos que seriam aplicados em políticas públicas e na ampliação de programas sociais.
da Assessoria