O índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), aferido pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR), teve o terceiro mês consecutivo de crescimento no Paraná. O indicador passou de 93,1 pontos em agosto para 94,5 pontos em setembro. Porém, mesmo com crescimento, ainda está abaixo do nível de satisfação (100 pontos), o que acontece desde abril, quando caiu para 94,8 pontos.
O cenário nacional também registra elevação. Com 72,5 pontos em setembro, o índice de consumo paranaense supera bastante a média brasileira.
As sucessivas elevações do ICF sinalizam a recuperação da economia paranaense, proporcionada principalmente pelo avanço da imunização da população, com a criação de um ambiente um pouco mais seguro, facilitando a saída dos consumidores de casa para fazerem compras.
No entanto, a análise dos fatores que compõem o indicador mostra que o Acesso ao Crédito piorou, com redução de 4,1% na comparação com agosto, influenciado pelo aumento da inflação nos últimos meses e da taxa básica de juros, a Selic, que saltou 1 ponto percentual no mês passado, de 4,25% para 5,25% ao ano — o maior nível desde outubro de 2019.
Por enquanto, esse crescente das taxas de juros não está afetando o Nível de Consumo Atual, que apresentou alta de 6,8% de agosto para setembro. A Perspectiva de Consumo para os próximos meses também aumentou 2,4% na variação mensal e marca impressionante intensificação de 91,2% na comparação com setembro de 2020. A avaliação dos consumidores paranaenses sobre a Compra de Bens Duráveis aumentou 1,9% ante agosto.
Emprego e renda
A Situação Atual do Emprego dos paranaenses teve ligeira redução de 0,2% em relação a agosto, motivada pelas famílias de maior renda, nas quais a segurança com relação ao emprego baixou de 117,0 pontos em agosto para 115,7 pontos em setembro. O otimismo, contudo, permanece e a Perspectiva de Melhora Profissional expandiu 0,9% de agosto para setembro.
A Renda Atual das famílias do estado teve ampliação de 3,0% na comparação com agosto, mantendo crescimento em todas as faixas de rendimentos avaliadas.