O estudo do perfil socioeconômico de Ponta Grossa, realizado pela Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) e apresentado nesta terça-feira (28), mostra que durante os anos de 2017 e 2020 o município gastou mais do que arrecadou. Conforme o levantamento, em 2017, Ponta Grossa arrecadou R$ 747 milhões e gastou R$ 751 milhões. No ano seguinte, a diferença se tornou ainda maior. Foram R$ 822 milhões em despesas contra R$ 715 milhões angariados.
Em 2019, foram gastos R$ 878 milhões ante R$ 867 milhões arrecadados. Já em 2020, primeiro ano da pandemia no Brasil, a receita foi de R$ 959 milhões e as despesas atingiram 980 milhões. Durante esse período, o prefeito de Ponta Grossa era Marcelo Rangel (PSD) que, durante sua primeira reunião com a equipe de governo, em 2017, determinou austeridade nos gastos públicos. Em outubro de 2020, a Prefeitura foi notificada pelo Tribunal de Contas do Paraná sobre o excesso de de gastos com pessoal na prestação de contas 2017.
2021 foi o ano em que o município conseguiu fazer com que o número de arrecadação superasse o de despesas – R$ 1.021 bilhão contra R$ 959 milhões, valor 6,5% superior ao ano anterior. De acordo com o estudo, os principais gastos da administração municipal são com educação, saúde, e administração. Essas despesas correspondem a 67,9% do total.
A relação entre o fundo de participação dos municípios e as receitas totais ajuda a medir o nível de dependência do município em relação aos repasses federais. De acordo com a pesquisa, os números neste quesito nos últimos cinco anos foram os seguintes:
2017 – 8,08%
2018 – 9,01%
2019 – 8,05%
2020 – 6,96%
2021 – 8,71%
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