O Paraná teve o melhor semestre em exportações de carne suína desde 1997, quando a plataforma Comex Stat/MDIC iniciou o levantamento da série histórica. Foram exportadas 110,7 mil toneladas, o que representa um crescimento de 39,4% (ou 31,3 mil toneladas a mais) em relação ao mesmo período do ano anterior.
A informação faz parte do Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 4 a 10 de julho. O documento do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), acentua, ainda, que o volume superou em 6,1% (ou 6,4 mil toneladas) o recorde anterior, alcançado no 2º semestre de 2024.
“Vale ressaltar que os últimos quatro recordes ocorreram todos no segundo semestre, o que reforça a relevância do resultado obtido nos primeiros seis meses de 2025”, salientou a veterinária Priscila Cavalheiro Marcenovicz. Segundo ela, o desempenho foi impulsionado principalmente pelo aumento das exportações para importantes parceiros comerciais do Estado.
Hong Kong liderou as aquisições, com 20,5 mil toneladas – crescimento de 23,9% (ou 3,9 mil toneladas) em comparação com o mesmo período de 2024. Na sequência vieram Uruguai, Argentina, Filipinas, Singapura e Vietnã. “Considerando que nos últimos dez anos o volume de carne suína exportado no segundo semestre superou o do primeiro, a expectativa é que o Paraná registre novo recorde no segundo semestre deste ano”, disse Priscila.
Frango
A exportação de carne de frango brasileira já começa a se recuperar após o impacto negativo, resultado dos embargos impostos com a identificação de um foco de influenza aviária em avicultura comercial em Montenegro (RS). A maioria dos mercados está retomando o fluxo gradativamente.
Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o faturamento com as exportações, considerando os produtos in natura e processados, cresceu 5,1% no primeiro semestre de 2025, alcançando US$ 4,871 bilhões. No mesmo período do ano passado foram US$ 4,636 bilhões. Em volume, subiu de 2,58 milhões de toneladas para 2,6 milhões de toneladas (0,5%).
Ovos
As exportações brasileiras de ovos mostraram um crescimento nos primeiros cinco meses de 2025. De janeiro a maio foram exportadas 26.126 toneladas de ovoprodutos, aumento de 35,7% em comparação com as 19.247 toneladas registradas no mesmo período de 2024.
O faturamento seguiu a mesma tendência de alta, com US$ 86,127 milhões agora, contra US$ 68,690 milhões no ano anterior. A liderança é de São Paulo. O Paraná é o quarto maior exportador, mas teve redução no período. Em 2024 exportou 4.567 toneladas com faturamento de US$ 19,051 milhões, enquanto agora foram 2.961 toneladas e receitas de US$ 14,408 milhões.
Bovino
A cotação da arroba bovina tem sido pressionada neste mês de julho. Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o produto já acumula baixa de 3,72%, sendo comercializado a R$ 305,60. Os abatedouros operam com escalas suficientemente confortáveis para negociar melhores preços.
No Paraná, a pesquisa do Deral mostra pequena recuperação do preço no atacado. Em média o dianteiro foi comercializado por R$ 19,07 o quilo e o traseiro por R$ 25,25. A concorrência com a carne suína e de frango, que são mais baratas, tem ajudando a manter os preços sem grandes variações.
Cevada
De acordo com o boletim do Deral, o plantio da cevada atingiu 90% da área prevista, com avanço de 13 pontos percentuais na primeira semana de julho. O bom ritmo deverá se estender nas próximas semanas, favorecido pela boa disponibilidade de água no solo e pela previsão de tempo firme.
Espera-se que a semeadura seja completada ainda em julho. As geadas observadas até agora impactaram apenas de forma pontual a cultura. A produção estimada é de 423 mil toneladas, volume 43% superior às 296 mil toneladas colhidas no ano passado. O crescimento é impulsionado principalmente pelo acréscimo de 20% na área cultivada, passando de 80,5 mil hectares para 96,9 mil.
Milho
A colheita da segunda safra 2024/25 segue em andamento no Paraná e já alcança quase um terço da área total estimada, com 29% da área colhida. Nas últimas cinco safras, neste período a colheita tinha atingido 20%.
As áreas consideradas boas baixaram de 68% para 64%, as em condições medianas subiram de 18% para 20%, e as ruins de 14% para 15%. Isso pode estar relacionado às geadas ocorridas no final de junho.
Frutas
O Paraná é bastante dependente do fornecimento de frutas de outros estados e regiões. Por isso a variação dos preços depende das épocas de produção, condições climáticas, ocorrência de pragas, custo de frete, entre outros fatores.
O documento do Deral analisa os preços nominais praticados em 12 das principais frutas comercializadas na unidade de Curitiba da Central de Abastecimento do Paraná (Ceasa-PR) pelo período de um ano. Foram observados aumento em quatro frutas – limão tahiti, mamão formosa, morango e abacate; baixa em sete – melão, manga tommy atkins, banana caturra, melancia, maçã gala, abacaxi e uva Niágara; e uma – laranja – se manteve estável.
da AEN