Quinta-feira, 12 de Dezembro de 2024

Porto de Paranaguá entra na rota de navio gigante do grupo italiano Grimaldi

2023-03-24 às 10:30

O Porto de Paranaguá recebeu nesta semana, pela primeira vez, o navio Grande Abidjan, do grupo italiano Grimaldi. A embarcação polivalente, destinada a cargas rolantes e contêineres, é uma das que oferecem maior capacidade para o transporte de unidades chamadas ro-ro (roll on-roll off).

É a primeira viagem desse navio ao Brasil. Ele inaugurou a rota que passa pelo terminal paranaense e que, a partir de agora, será fixa. A demanda de mercado e a capacidade do porto fizeram com que o armador definisse essa nova parada.

Em Paranaguá, a operação foi realizada pelas empresas TCP e Marcon. Nessa primeira viagem, o navio carregou 1.565 carros leves (Volkswagen e Renault) e 13 chassis de ônibus; e descarregou 87 contêineres vazios. Do Brasil, o Grande Abidjan segue para o México.

Construído em 2015, medindo 236 metros de comprimento (loa) e 36 de largura (boca), o Grande Abidjan é o primeiro navio da quarta e última geração da empresa – G4 – a vir para o Brasil.

“É claro que a atratividade portuária faz toda diferença nessa tomada de decisão. Como um porto eficiente nas mais diversas operações, Paranaguá tem se destacado cada vez mais nesses segmentos mais eficientes”, afirma o diretor de Operações da Portos do Paraná, Gabriel Vieira. “A carga geral passa por uma operação extremamente sensível e complexa, devendo o operador garantir a segurança plena da carga”.

“Uma nova linha que vem a Paranaguá é muito importante e significa mais postos de trabalho”, completa o diretor de Desenvolvimento Empresarial da Portos do Paraná, André Pioli. Como ele ainda lembra, as operações de carga geral demandam mais mão de obra dos trabalhadores portuários avulsos. “Um navio maior, com linha frequente, vai trazer muitas coisas boas para a nossa cidade”, acrescenta.

A Grimaldi atua no Porto de Paranaguá há 30 anos e se sentiu segurança nessa nova operação. “Paranaguá é o porto que serve o Estado do Paraná e que tem a presença de uma indústria automobilística muito importante”, afirma o diretor-executivo do grupo no Brasil, Helder Miguel Malaguerra. “Nada mais natural do que incluir o terminal paranaense na rota. É um porto 24 horas, com mão de obra super qualificada, então não há mistério para nós. É um porto que consideramos como casa no Brasil”.

Os primeiros navios “Grande” da empresa começaram a circular nos oceanos em 2000, começando pelo G1. O G4 tem capacidade 30% maior que os da geração anterior. A empresa já faz testes, provas de mar, da 5ª geração – G5 –, ainda maior que esse, com 250 metros por 42 metros de largura. “O G é de geração e, coincidentemente, é também a letra que inicia o primeiro nome de todos os navios desse modelo: grande”, explica Malaguerra.

da AEN