Na manhã desta terça-feira (25), o prefeito de Ponta Grossa, Marcelo Rangel, revelou que o Procon-PR está investigando o aumento do preço de diversos itens que compõe a cesta básica no município e já encontrou sinais de irregularidades e valores superfaturados.
De acordo com Rangel, ontem (24) os fiscais do Procon-PR foram até diversos supermercados e constataram preços abusivos em pelo menos 100 produtos. “A população estava reclamando e realmente foram constatados preços muito maiores do que em outras cidades do Paraná em itens como óleo de cozinha, arroz, leite, ovos e carne”, enumera.
Ele explica que o Procon-PR está investigando o caso e já encontrou indícios de que aumento dos preços em Ponta Grossa foi maior do que registrado em outras cidades paranaenses. “Teve aumento nos outros municípios sim, mas não desta forma”, pondera. O prefeito adianta que as empresas onde foram flagradas irregularidades foram autuadas, multadas e obrigadas a retornar aos preços normais.
Antecipação do 13º salário
Rangel acredita que a remarcação dos preços começou após a Prefeitura Municipal anunciar o adiantamento do 13º salário dos servidores públicos e, com isso, injetar R$ 13 milhões no comércio do município. “Nós colocamos o 13º e aí aumenta o preço? Não é possível aumentar os preços só porque Ponta Grossa está diferente. Eu não vou aceitar”, enfatiza.
Aumento acima da inflação
O prefeito acionou o Procon-PR na última sexta-feira (21), após uma pesquisa do Núcleo de Economia Regional e Políticas Públicas da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) revelar que o preço da cesta básica subiu 25 vezes o preço da inflação em julho. O preço de 33 produtos básicos, que era de R$ 523, passou a R$ 585. “Agora, explica para gente, como é que a cesta básica subiu 11,8% se a inflação foi de 0,45%?”, questiona Rangel. “Os preços explodiram em Ponta Grossa. Não dá para entender esse aumento no meio de uma pandemia”, enfatiza.
As declarações foram dadas durante o ‘Programa Nilson de Oliveira’, apresentado por Rangel na Rádio Mundi FM.